Iniciado em 2013, o Projeto Cantando e Tocando Alegria de Viver tem futuro incerto. Com o fim dos recursos externos, a Sociedade Lajeadense de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Slan) procura novos apoiadores para pagar os salários e direitos trabalhistas dos três professores de Música. Os profissionais ministram aulas para 600 crianças e adolescentes.
Os dois primeiros anos de projeto foram garantidos graças aos recursos provenientes de editais do Banco do Brasil (BB) e de parceria com o Rotary Clube de Lajeado. Os patrocínios garantiram a compra de instrumentos, um veículo para transportar as crianças às aulas e a contratação dos professores. Porém, para 2016, não foram lançados novos editais pelo banco estatal e o Rotary depositou a última parcela do acordo de R$ 30 mil no início deste mês.
Sem contar com essas verbas, a entidade prevê dificuldades para pagar os profissionais e manter o projeto. São estimados investimentos de R$ 7,26 mil mensais para pagar os professores e os direitos trabalhistas.
De acordo com a coordenadora pedagógica da Slan, Agelisa Klein, os valores são considerados altos por doadores. “As pessoas acham que é muito. Só que eles são profissionais formados e sempre em busca de qualificação.” A coordenadora destaca a importância do projeto na vida das crianças. “A música ajuda muito, dando perspectivas de futuro para eles, não apenas como artistas mas como cidadãos.”
Integração da comunidade
De acordo com Agelisa, tanto o BB quanto o Rotary fizeram a parte deles para a manutenção do projeto. “É hora de outras entidades se comprometerem”, ressalta.
Com diversos projetos de atendimento a crianças e adolescentes, a Slan garante ter dificuldades em manter as aulas apenas com recursos próprios.
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Aulas diferenciadas
Com três professores, o Cantando e Tocando Alegria de Viver trabalha desde os princípios da musicalização até técnicas elaboradas de instrumentos. Crianças de 2 até 6 anos têm aulas com Taiane Ferreira, com quem têm os primeiros contatos com notas e instrumentos musicais.
A partir dos 6 anos, começam as aulas com instrumentos de sopro, cordas e percussão. Essas são ministradas por João Roberto Eidewein e Alex Duarte, respectivamente. Eidewein destaca a satisfação em lecionar. “É um prazer trabalhar com elas.” O professor ressalta a importância na continuidade do projeto. “A música anima elas, é fundamental manter as aulas.”