A Justiça concedeu recuperação judicial a Laticínios Hollmann. A sentença foi expedida pela juíza da 1ª Vara de Teutônia, Ângela Lucian. A empresa será acompanhada por dois anos durante a implementação do plano de recuperação. Se não houver descumprimento, o processo é arquivado após o período.
O plano de recuperação determina prazo de dez anos para o pagamento de R$ 15 milhões as três categorias de credores e demais encargos. A proposta foi aprovada em assembleia geral com 51,03% dos votos. Apenas a Caixa Econômica Federal e o Bradesco foram contrários à proposta.
Segundo o advogado, Alexander Froemming, os encargos dos ex-funcionários já foram acertados. Para os outros credores, os pagamentos terão um ano de carência, sendo feitos a partir de 2017. O total de desembolso mensal destinado para os credores será de R$ 125 mil.
Cada um receberá valor proporcional ao valor do crédito pendente. Conforme Froemming, a empresa oferece de 5% a 7% a mais no valor da parcela mensal aos credores que voltarem a atuar como fornecedores da empresa.
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A empresa
A Hollmann chegou a negociar o arrendamento da área industrial para a Languiru, mas o declinou da negociação. Logo após, um incêndio destruiu 40% das instalações da fábrica. Segundo Froemming, a estrutura foi reformada e as atividades foram retomadas.
Plano de pagamento
As assembleias foram conturbadas. A primeira, realizada em março, foi suspensa por falta de credores habilitados. No segundo encontro, durante simulação, a Caixa demonstrou insatisfação com o plano e pediu prazo para rediscutir contrapropostas. Na terceira, a instituição bancária teve voto em duas classes e junto com o Bradesco rejeitou o plano, representando 48,97% dos credores.