Hospitais lotados e endividados expõem situação da saúde

Vale do Taquari

Hospitais lotados e endividados expõem situação da saúde

Em Lajeado e Estrela, instituições trabalham acima da capacidade

Hospitais lotados e endividados expõem situação da saúde
Vale do Taquari

As baixas temperaturas trouxeram à tona a dificuldade de atendimento nos hospitais da região. Com poucas opções nos demais municípios, pacientes do Vale recorrem ao Hospital Bruno Born (HBB), em Lajeado, ou ao Hospital Estrela.

Além de atender a população do Vale, o HBB tem recebido pacientes de outras regiões. De acordo com a administração, entre os dias 4 e 14, foi registrada superlotação nas UTIs em diversas ocasiões. A situação chegou a comprometer os atendimentos eletivos nos dias mais críticos.

O principal problema acontece nas UTI adulto, neonatal e pediátrica, todas registrando superlotação ao longo dos últimos meses.

A emergência também precisou oferecer um serviço além da capacidade, como explica o diretor-executivo do HBB, Cristiano Dickel, “A sala crítica da emergência também estava lotada ao máximo, o que restringia o acesso de casos graves, e com pacientes em espera nos outros ambientes do hospital.”

Até ontem à tarde, os atendimentos na emergência tinham sido normalizados.

Para tentar garantir o atendimento nos períodos mais críticos do HBB, os respiradores da UPA são emprestados para a emergência crítica. Outras medidas de curto prazo têm sido tomadas de acordo o secretário da Saúde, Glademir Schwingel. “Estamos tentando ampliar o tempo de permanência na UPA, além disso precisamos aperfeiçoar as informações de ocupação nas UTIs.”

Schwingel lembra que o problema não é exclusividade do Vale. “Não é um problema fácil de resolver, porque todo o estado está esgotado”, destaca. O secretário ressalta que as dificuldades aumentaram com a redução de internações nos hospitais de Porto Alegre. “É um efeito cascata, falta leitos na capital e isso acaba estourando aqui.” Mesmo com as dificuldades, o secretário garante que o problema está equalizado neste momento em Lajeado.

O problema se repete no município vizinho. No Hospital Estrela, pacientes aguardam na emergência para serem transferidos aos leitos. De acordo com a administração, a ocupação dos leitos ultrapassa a capacidade do hospital. Os setores mais procurados e com picos de lotação são as clínicas médica e cirúrgica, além do Pronto Socorro.

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Projetos precisam sair do papel

Em reunião com representantes do governo do Estado na quinta-feira passada, algumas medidas foram apontadas para tentar resolver o problema. A principal cobrança é que os projetos de UTIs previstos para Teutônia, Arroio do Meio e Encantado saiam do papel.

Na avaliação de Schwingel, a realização desses projetos é fundamental para reduzir a sobrecarga dos hospitais regionais. “Nossa orientação é que a verba da Consulta Popular, totalizada em R$ 500 mil, seja usada para dar andamento a esses processos.”

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