Maggi conhece potencial da fumicultura

Vales do Rio Pardo e Taquari

Maggi conhece potencial da fumicultura

Em roteiro amanhã, ministro visita produtor e indústrias no Vale do Rio Pardo

Maggi conhece potencial da fumicultura
Estado

Representantes da fumicultura aguardam a visita do ministro do Mapa, Blairo Maggi, na manhã desta quarta-feira. Ele conhecerá o modelo produtivo e o impacto socieconômico da cultura na Região Sul.

A comitiva chega a Venâncio Aires às 10h, onde se reúne com autoridades e produtores, na propriedade de Sanges Alberto Klafke, na Linha Bem Feita. Depois, a comitiva segue para Santa Cruz do Sul, onde, após o almoço, se reúne com autoridades. Em seguida, visitam duas fumageiras para entender o processo de beneficiamento e comercialização.

Entre os assuntos a serem tratados, está o posicionamento brasileiro na 7ª Conferência das Partes (COP7) da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), em novembro, em Nova Déli, Índia, e a restrição do fumicultor aos recursos do Pronaf.

O presidente da Afubra, Benício Werner, ressalta que, além de conhecer as empresas, o ministro quer conversar com os fumicultores. “Será a oportunidade de evidenciar o potencial econômico e social do tabaco.”

Segundo Werner, serão destacados os projetos de diversificação em andamento, a necessidade de se manter linhas de crédito para continuar esse trabalho e aumentar a renda dos produtores. Também será solicitada a prorrogação da portaria que restringe o acesso do fumicultor aos recursos do Pronaf.

A resolução 4.483 do Banco Central, em vigor desde o dia 1º, exige que no ano agrícola 2016/17 os fumicultores comprovem 30% da receita gerada por outras culturas, percentual que sobe para 40% na safra 2017/18 e para 50% a partir do ciclo 2018/19. Até a nova regra entrar em vigor, o percentual era de 20%. “O produtor mantém culturas de subsistência, no entanto, é difícil transformar isso renda.”

A última agenda oficial de um ministro da Agricultura na região ocorreu há cinco anos, quando o cargo era ocupado por Mendes Ribeiro Filho.

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“Se proibir o tabaco, volto para a cidade”

Após nove anos na profissão de radialista, Sanges Alberto Klafke retornou ao campo em 1989 para cultivar fumo. No último ciclo, foram plantados 175 mil pés, em 10,2 hectares, cuja produção alcançou 26,8 mil quilos. O preço médio da arroba (15 quilos) foi de R$ 152. “Se não fosse o tabaco, voltaria para a cidade”, resume.

Klafke destaca a boa relação com a indústria. “Toda lavoura é financiada, tenho orientação técnica gratuita, sei quanto vou produzir, qual meu custo, quem vai comprar e o que vou ganhar. Outras atividades não oferecem essa segurança”, afirma.

A família cria gado, além de milho e alimentos para a subsistência. No entanto, a diferença está na receita. O tabaco rende até R$ 32 mil por hectare, dos quais R$ 10 mil são custos. De todo o dinheiro contabilizado na propriedade, o tabaco representa 80%.

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