Detento é baleado no albergue de Lajeado

Lajeado

Detento é baleado no albergue de Lajeado

Atacado ontem de madrugada, Valmor Lussani fugiu após receber alta do hospital

Detento é baleado no albergue de Lajeado
Lajeado

Alvejado por quatro tiros durante a madrugada de ontem, o detento do regime semiaberto, Valmor Lussani, não retornou à penitenciária. Agora é considerado foragido. Lussani foi alvejado com quatro tiros enquanto dormia no albergue A do Presídio Estadual de Lajeado.

A vítima recebeu alta por volta das 15h de ontem, mas não retornou para o albergue. Por ser prisioneiro do semiaberto, foi encaminhado para a emergência do Hospital Bruno Born (HBB) sem escolta.

Mesmo estando preso há cerca de 20 anos, Lussani afirmou ao chefe de segurança do presídio, Eberson Bonet, que não tinha inimigos no sistema carcerário. Apesar disso, os diretores do presídio acreditam que ele não tenha voltado por medo de sofrer um novo atentado.

Lussani foi transferido do regime fechado, onde estava desde 1996, para o semiaberto no início de julho. De acordo com o vice-diretor do presídio, David Horn, ele tinha um bom comportamento. “Era tranquilo, ao menos com os guardas, sem atos de rebeldia ou afronta.” Entre os crimes que o levaram para a prisão, estão violência doméstica e tentativas de homicídio.

O principal suspeito pelo crime não foi encontrado após o atentado. As primeiras apurações mostram que ele teria fugido por um buraco na janela basculante do albergue, conseguindo ir para o telhado e pular o muro. Ele foi o único dos 33 detentos não encontrado após o ataque.

Como o foragido suspeito do atentado não tem histórico de violência em seus registros, também existe a possibilidade de ele ter aproveitado a confusão para fugir. As investigações do crime ficam por conta do delegado Juliano Stobbe.

Até a tarde de ontem, a Polícia Civil ainda não havia identificado o calibre da arma usada no ataque. De acordo com Stobbe, as imagens das câmeras de vigilância serão disponibilizadas hoje. Com elas, a polícia espera esclarecer os detalhes do crime. Além disso, as conversas com os outros presos será fundamental para elucidar o crime.

Falha na segurança

Também será investigado como a arma usada no crime entrou no albergue. De acordo com Stobbe, a falha na segurança está clara. “Isso não pode acontecer, uma arma nas mãos de um detento dentro do presídio.”

O vice-diretor do presídio garante que o caso será investigado, mas ressalta os problemas estruturais do local. “Se for constada omissão de alguém, haverá punição. Mas nossa estrutura é muito precária e, naturalmente, o albergue tem menos segurança.” Para Horn, a arma foi escondida muito antes do atendado.

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