CFCs desconhecem impacto da paralisação

Estado

CFCs desconhecem impacto da paralisação

Serviços nas autoescolas e atendimentos nos CRVAs seguem, apesar da greve

CFCs desconhecem impacto da paralisação
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Os servidores do Detran-RS deflagraram greve geral em assembleia realizada sexta-feira em Porto Alegre. Apesar de ser o responsável por serviços como registro de veículos, avaliações teóricas e práticas e pela emissão de CNHs, quase todas as atividades estão mantidas no Vale.

Os Centros de Formação de Condutores (CFCs) da região não foram notificados sobre mudanças na realização dos exames teóricos e práticos. Para Marcelo Delazeri, diretor de uma autoescola de Lajeado, a decisão ainda é recente para saber todas as consequências da greve, mas as provas marcadas para ontem ocorreram normalmente.

“Nenhuma informação foi repassada pelo Detran ou o sindicato da categoria. Aguardamos respostas”, ressalta. Proprietário de um CFC, Vitor Hugo Macry tem os exames semanais dos alunos marcados para hoje. “Acho que não terá alterações, mas é impossível ter certeza.”

Conforme Macry, parte dos serviços oferecidos pelo Detran é realizada por funcionários terceirizados, que não fazem parte do movimento grevista. Segundo ele, o sistema eletrônico do Daer funciona normalmente e as renovações não são prejudicadas.

“O pedido ocorre pelo sistema, a impressão é com uma firma terceirizada e a entrega é feita pelos Correios”, alega. Para Macry, apenas casos especiais, cujas atividades precisam de intervenção pessoal de servidores da autarquia, ficam prejudicados.

Também controlados pelo Daer, os Centros de Registros de Veículos Automotores (CRVAs) não foram afetados pela paralisação. Serviços como transferência de propriedade, vistorias, emplacamentos, registros de troca de município, alteração de endereço e solicitações de segunda via de documentos seguem normalmente.

Desvalorização dos servidores

Cerca de 400 pessoas participaram da assembleia que decidiu pela greve. Durante o encontro, os servidores reclamaram de desvalorização e alegaram que o serviço público gaúcho sofre um processo de precarização.

Os trabalhadores exigem reposição de 26,7% em perdas salariais acumuladas desde julho de 2012, efetivação imediata das promoções e progressões, além da implementação de auxílio-refeição de R$ 19,09 por dia para todos os servidores.

De acordo com o presidente do Sindet, Maximilian da Rocha Gomes, a greve também visa chamar a atenção para a falta de estrutura adequada para o trabalho. Segundo ele, alguns exames teóricos ocorrem dentro de containers, e os práticos, em praças.

“Queremos que o cidadão não fique mais ao relento, em pé, sem acesso a banheiros e sob riscos de rua, enquanto aguarda para realizar a prova prática”, ressalta.

Em nota, o Detran alega ter encaminhado as exigências da categoria para avaliação em instâncias superiores.

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