Bombeiros Voluntários apresentam emenda para garantir autonomia de trabalho. A iniciativa visa neutralizar a lei que rege a separação dos profissionais da Brigada Militar. Na terça-feira, comitiva acompanhará a votação do projeto na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. Caso o pedido seja rejeitado, o Estado fica responsável pelas corporações. Além disso, recebe liberdade para fechar guarnições voluntárias de combate a incêndios.
O documento diz que o governo assumirá todas as competências relacionadas à categoria, dividindo custos e exigindo contrapartidas dos municípios. O grupo misto seria formado por militares e no mínimo cinco servidores públicos municipais. Apesar da inexistência de dados consistentes, a direção do CBV estima que a despesa elevaria dos atuais R$ 6 mil para R$ 50 mil mensais.
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Conforme presidente dos voluntários, Markyson Marques, outro fator negativo seria a paralisação dos projetos sociais desempenhados. Hoje o grupo atende 200 crianças no Vale ensinando preceitos de segurança no trânsito, primeiros socorros e condutas como pedestres. As palestras e oficinas são realizadas em escolas e empresas. “O trabalho de atendimento dos bombeiros militares é ótimo, mas algumas coisas eles não farão. Quando é necessário varrer o asfalto, limpar a via depois de acidente, nós fizemos. Como dizem, somos pau para toda obra. Além do nosso trabalho de prevenção.”
Pelo direito de trabalhar de graça
Com a aprovação na íntegra, o projeto de lei pode afetar 96 municípios do estado. Segundo Marques, a principal preocupação é com municípios pequenos. “Estamos em momento de tensão. Levamos um golpe de covardia. Estamos lutando por direito de trabalhar de graça. Já provamos nossa capacidade, que estamos preparados para essa função, mas querem derrubar a gente por motivação política e financeira”, ressalta.
Em Teutônia, são registrados 40 voluntários e apenas três recebem remuneração oriunda das palestras. A manutenção de equipamentos é realizada por meio de recursos dos convênios com os municípios e Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). Campanhas como venda de camisetas, chachorro-quente, pedágio solidário e palestras complementam o faturamento.
A frota de veículos é composta por um caminhão auto-bomba-tanque que foi doado à corporação, uma unidade de atendimento, de ferramentas e um Uno para deslocamento administrativo.
