Modelo semelhante ao projeto associativo de produção leiteira começou a ser colocado em prática pela Dália Alimentos, de Encantado. Nesta semana, foi criado o 1º condomínio avícola, integrando 18 produtores de Boqueirão do Leão, Canudos do vale, Marques de Souza, Progresso e Pouso Novo.
Conforme o supervisor do Projeto Avícola, Pedro Raul Mallmann, serão oito núcleos, totalizando 64 aviários. Cada um terá capacidade de alojar 275 mil frangos de corte. Para ele, o novo ramo de negócios é estruturado para as futuras gerações de sócios.
O presidente-executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, entende que o associativismo entre os pequenos produtores consiste na melhor alternativa para conseguirem produzir com escala viável e tecnologia de ponta, permitindo mais qualidade de vida e resultados eficientes.
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Idalmir Nicolini, de Progresso; Valmor Pappen, de Boqueirão do Leão; e Rogério Petrini, de Marques de Souza; assumem os cargos de presidente, vice e tesoureiro, respectivamente, por três anos.
Os próximos encontros para definir os membros dos outros sete núcleos ocorrem no dia 13, em Relvado; dia 14, em Encantado; dia 19, em Guaporé; dia 20, em Venâncio Aires; dia 26, em Vespasiano Corrêa; dia 27, em Mato Leitão; e dia 28, em Anta Gorda, sempre a partir das 14h.
Saída para manter produção
Nicolini interrompeu a criação de frangos há dez anos quando a empresa à qual era integrado, passou por dificuldades financeiras. Eram 30 mil animais alojados por lote. Passou a se dedicar à produção de leite (30 mil litros por mês/ 37 vacas em lactação) e criação de 1,2 mil suínos no sistema de terminação. Por falta de mão de obra e elevados encargos na contratação de empregados para atuar na propriedade, decidiu encerrar a atividade leiteira.
Além de assumir a presidência do primeiro condomínio avícola, integra o quadro de sócios de dois condomínios leiteiros (Roca Sales e Arroio do Meio) onde alojará 50 vacas. Entende ser a única saída para o pequeno produtor se manter na atividade. “Unir-se para alcançar escala, melhor preço, qualidade do produto, ter acesso a novas tecnologias e ter mais qualidade de vida. Hoje não podemos nem ficar doentes, tampouco tirar férias.”
Investirá em torno de R$ 200 mil no projeto de avicultura, cujo valor estima pagar em até cinco anos, analisando o cenário atual do setor.