Brechó beneficente em prol da Associação de Proteção dos Animais (Apante) arrecada doações neste domingo. A iniciativa inicia às 8h30min, em frente ao Supermercado Link, e segue até as 11h30min. Além da venda de roupas, haverá coleta de rações, cobertores, potes, remédios e artigos pet. O objetivo é reunir insumos para colaborar com os lares temporários.
A falta de abrigo público complica o trabalho voluntário. Hoje, famílias voluntárias cuidam de 40 animais, arcando com desepesas de alimentação. Segundo a presidente da associação, Jéssica Fernanda da Costa, 23, Canabarro e Linha Germano são os bairros onde mais ocorre abandono de cães. Nessa quarta-feira de manhã, foram encontrados quatro animais de grande porte em Linha Ribeira, além de uma cadela com seis filhotes.
Durante sete meses, a Apante deixou de receber verba para manutenção do serviço. O convênio com a administração municipal foi rompido devido a questões legais e ao projeto de um centro de zoonoses. A escassez de recursos no período acarretou em dívida, cuja quitação depende de doações e promoções como o brechó.
Em acordo com o Executivo, a parceria foi retomada, e passa a vigorar no próximo mês. A associação receberá R$ 20 mil divididos em quatro parcelas. Apesar da notícia positiva, a situação econômica e o aumento da população canina dificultam o trabalho.“Está cada vez está mais difícil.”
Segundo Fernanda, apesar de momentos gratificantes, quando as famílias adotam um animal e mantêm contato, mandando fotos, a maior parte da rotina da associação é complicada. “É muita tristeza ter que lidar com cachorros vítimas de maus-tratos ou atropelados.”
A Apante estudou a possibilidade de construir um canil e estrutura para o grupo, mas os custos são altos. Para manter 30 cães e garantir insumos como combustível, telefone, água, luz, ração e dois funcionários em turnos alternados, seriam necessários R$ 12 mil mensais, sem contar os procedimentos clínicos.
Controle de Zoonoses
Segundo a Secretaria do Meio Ambiente, existe estudo para criar centro de zoonoses, visando a eficácia do sistema. Para amenizar o problema, o Executivo abriu edital para contratação de um médico-veterinário. O objetivo é utilizar uma sala para avaliação clínica dos animais e aplicações de medicamentos. O desafio principal é o controle de cães e gatos. A prefeitura não tem canil e criar um “depósito” de animais não é alternativa.
O projeto também inclui a criação de leis para adoção responsável. A cada retirada de animal, o dono assinaria um termo e faria cadastro para controle, e a infração das cláusulas resultaria em multa e sanções. As empresas responsáveis pela venda de animais também serão responsabilizadas.