Os três anteprojetos para construção do centro cultural serão escolhidos na sexta-feira. Os alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Univates, sob coordenação do professor Alex Brino, criaram 12 modelos. Ontem à noite, na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC), o júri técnico conheceu as plantas e descrições. A partir de hoje, a comissão especial e geral vota pelo desenho da melhor infraestrutura.
O primeiro colocado receberá um notebook, o segundo, um tablet e o terceiro, uma impressora. Além disso, a Associação Recreativa Cultural Artística (Arca) certificará os acadêmicos que participaram pelo desempenho e colaboração. Os projetos estarão em exposição de hoje até sexta-feira. Toda comunidade pode votar.
Embora a iniciativa da organização esteja em ritmo acelerado, depende do empenho da administração municipal. Segundo a secretária-executiva da Arca, Maria Lúcia Blazoudakis, a área de 2,1 mil metros quadrados próximo à prefeitura, anunciada pela Secretaria de Cultura como doada, foi destinada à instituição por meio de acordo verbal. “Não doaram ainda. Apenas nos liberaram para que a planta fosse feita com base naquele terreno. Ainda não temos certeza se será naquele local.”
Outro impasse é o orçamento e forma de captação de recursos para tirar o projeto do papel. O local será municipal e atenderá alunos de música, dança, teatro, exposições e apresentações. Segundo demanda da Arca, o local deve ter camarins, salas para oficinas, palco principal, biblioteca, secretaria e mezanino. Além disso, existe a preocupação quanto à estética do centro cultural e à acessibilidade para portadores de necessidades especiais.
“Projeto de teatro é sempre complexo”, Alex Brino
A Hora – Qual o principal desafio em fazer esse projeto?
Alex Brino – O fato de ser um projeto mais realista que tem e a possibilidade de ser construído, ou que vai discutir o modo de crescimento da cidade, isso, por si só, já é um grande desafio. O projeto de um teatro é sempre complexo, que envolve uma série de fluxos complicados de serem resolvidos e uma estrutura de grande porte. Temos que conciliar essas coisas com a escala da cidade.
A Hora – Como esse centro cultural foi projetado?
Brino – O projeto de um teatro é absolutamente particular. Tanto questões visuais quanto acústicas são completamente diferenciadas. Fora isso, existe técnica de backstage, que é o que possibilita a mudança de cenário ou a entrada de algum ator, espaço cênico. Tudo isso tem características muito específicas. Não só em questão de teatro convencional, como para música ou orquestra. Todos os aspectos foram contemplados.
A Hora – Quanto custa um teatro na proporção que Teutônia precisa?
Brino – O investimento, mesmo entre os projetos selecionados para a etapa final, iria variar de acordo com decisões projetuais tomadas pelos alunos, mas de um modo geral sabemos que deve variar em torno de 3,5 a 4 cubis o metro quadrado. É um equipamento que exige investimento inicial alto.
A Hora – Quanto tempo os alunos levaram para concluir o projeto?
Brino – Foi de um semestre inteiro, que é habitual para os alunos de Arquitetura. São alunos se encaminhando mais para o fim do curso. Foi iniciado no fim de fevereiro e se estendeu até agora.