MP deve excluir Gerhardt do processo

Vale do Taquari

MP deve excluir Gerhardt do processo

Extinção da responsabilidade será encaminhada com denúncia na próxima semana

MP deve excluir Gerhardt do processo
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A morte do ex-coordenador da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde, Vitor Hugo Gerhardt, retira seu nome da lista de denunciados na Operação Gota D’Água. O pedido de extinção da responsabilidade deve ser encaminhado pelo Ministério Público (MP), junto com a denúncia dos investigados. Os documentos serão enviados para o Judiciário de Lajeado na próxima semana.

Segundo o promotor criminal Mauro Rockenbach, o procedimento é uma ferramenta legal para casos em que não há mais como responsabilizar o indivíduo judicialmente. Com a decisão, passa a não haver acusações sobre Gerhardt.

De acordo com o promotor, no início da próxima semana, mais dois investigados devem ser ouvidos pelo MP, porém, o material coletado até o momento é suficiente para embasar a denúncia. Antes deles, os depoimentos de testemunhas, cópias de documentos e laudos técnicos já haviam sido coletados.

Ele descarta a possibilidade de responsabilização da 16ª CRS. “Não analiso a conduta da Regional (de Saúde), analisava a conduta do coordenador. Então não tenho mais por que investigar a conduta dele. A Coordenadoria não responde por nada, quem responde é pessoa física, quem comete irregularidade é pessoa física.”

O corpo de Gerhardt foi encontrado pela mãe, no domingo, em casa. A possibilidade de um infarto é investigada pela Polícia Civil. Ele foi encontrado já sem vida e chegou a ser encaminhado ao Hospital Bruno Born.

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Entenda o caso

Apesar de não constar entre os investigados iniciais da operação, a atuação de Gerhardt como coordenador regional de saúde motivou pedido de afastamento da função de coordenador da 16ªCRS. A decisão foi motivada após a interceptação de ligações do empresário Ademar Paulo Ferri e do químico Marcelo Colling, em que ele é citado ou mantém diálogo com um dos investigados.

Além dos dois, o sócio de Ferri na Mineração Campo Branco, Paulo Moacir Vivian, foi preso preventivamente na quinta-feira e é mantido no Presídio Estadual de Lajeado. Com Ensino Superior, Ferri cumpre a prisão temporária no Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Porto Alegre, segundo a Susepe. Já Colling, sem previsão de transferência para o estado até o término da prisão temporária ou condenação, segue preso em Pernambuco.

Na avaliação do MP, com a alteração do pedido de interdição da empresa por uma advertência, o ex-coordenador cometeu prevaricação. A paralisação das atividades deveria ter ocorrido em janeiro, após indicação de irregularidades na estrutura feita por uma fiscal técnica.

A investigação apontou a presença de coliformes totais, limo e mofo, além de partículas de sujeira em lotes de bombonas de 20 litros de água mineral envasados pela empresa em fevereiro e abril de 2015. Pelos laudos, também havia bactérias. Os poços utilizados foram lacrados.

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