Considerada a maior festa junina já realizada pela Secretaria da Cultura e Turismo (Secutlur) e Grupo Independente, evento é visto pelos organizadores como sucesso de público. Cerca de dez mil pessoas teriam passado pelo Parque Professor Theobaldo Dick. Entre os 65 pontos de concentração de público, as 16 tendas de gastronomia típica atenderam a demanda e a fome dos participantes. Três palcos foram montados.
Desde 2000, o evento é realizado. Exceto nos anos de 2014 e 2015, quando a chuva não permitiu. A queima da fogueira foi um dos pontos altos das atividades. Mais de 500 pessoas participaram da organização, bem como 30 entidades sociais. Shows com a Orquestra de Concertos Lajeado (Oclaje) e a banda Barbarella encerraram as festividades.
Festa milenar
As festas juninas movimentam as comunidades pelo país afora. Tanto em escolas quanto em associações e organizações que utilizam espaços públicos, a Festa de São João ganha em carisma e gastronomia. Fantasias de caipira surgem repentinamente nos mais empolgados.
A origem do evento é pouco difundida. Apesar de levar o nome de um santo cristão, a raiz da festa é pagã. Realizadas no solstício de verão, no dia 21 de junho, no Hemisfério Norte, os festejos comemoravam a colheita.
Depois da expansão do Império Romano e do Cristianismo, as celebrações pagãs foram revertidas por festas de santos, pelo manto da Igreja Católica. No Brasil, ela foi trazida pela Corte Portuguesa. Aos poucos, foram acrescentados elementos simbólicos.
A fogueira, segundo a tradição católica, tem origem em um trato feito pelas primas Isabel (mãe de São João Batista) e Maria (mãe de Jesus Cristo). Isabel acendeu uma fogueira no topo de um morro para avisar Maria do nascimento do filho.
As quadrilhas e o casamento caipira são outros exemplos simbólicos. Nesse último, a cena tradicional nordestina retrata o pai em uma espécie de coronel e o noivo, um caipira, roceiro, sertanejo, mas ainda malandro. A noiva representa a virgem e o padre, à figura do Padim Ciço.