Negociação entre partidos  retarda rumo das eleições

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Negociação entre partidos retarda rumo das eleições

Grupos buscam apoio de siglas sem vereadores

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As incertezas sobre candidaturas devem seguir pelo menos até a próxima semana. Com todos os partidos negociando entre si, os diversos cenários são possíveis. Apenas a formação de chapa única foi descartada pelas siglas. A proposta foi apresentada no início do ano por vereadores do PT, PSDB e PMDB e conseguiu apoios do PDT e de empresários do município.

Apesar dos apoios, a ideia foi rechaçada nas primeiras reuniões entre os partidos. Sem acordo para o consenso, as negociações entre as legendas iniciaram a todo vapor. O PP, partido que hoje comanda a administração com Paulo Costi, trabalha para indicar o vice José Calvi (PTB), mantendo a chapa da última eleição.

Mesmo satisfeitos com a proposta progressista, os trabalhistas preferem manter cautela. De acordo com o presidente municipal do PTB, Jorge Calvi, “tudo está em aberto, mas temos interesse em manter a coligação.”

Ao abrir mão da cabeça de chapa, o PP mostra vontade de cumprir o acordo firmado com o PTB no último pleito. Além do parceiro de outros tempos, os progressistas vão em busca de ampliar o apoio.

Com a eminente saída do PT do bloco de situação, a alternativa é tentar conquistar partidos ainda sem representantes na câmara de vereadores. O mais próximo de fechar o acordo é o PSB, partido criado há um ano e que vai para sua primeira eleição. O problema é que o apoio dos socialistas também é disputado por outras duas legendas.

Para ter o PSB em sua chapa, o PMDB chegou a oferecer a candidatura a vice-prefeito, fazendo dobradinha com Agostinho Orsolin. Apesar da cautela dos presidentes das duas siglas, os dois se mostram inclinados a confirmar o acordo na próxima semana. “Dos partidos que negociamos, 99% de chance de fecharmos com o PSB e PDT”, afirma o presidente peemedebista Lori Moesch.

Tendência é que PT vá para oposição

Integrantes da chapa vencedora em 2012, os petistas tendem a mudar de lado no próximo pleito. O presidente do partido, Luciano Moresco, mostra incômodo com os rumos adotados pelos gestores nos últimos anos. “Entendemos que parte dos acordos firmados não foi cumprida, e nem falo de cargos, mas como foi conduzida a administração.”

O desacordo do PT com os antigos aliados municipais pode unir rivais na esfera nacional, pois é estudada uma aliança com o PSDB. Moresco se mostra tranquilo quanto a essa possibilidade. “Nós queremos mudar a forma de governar a cidade. Assim não há problema nesta aliança.”

Os tucanos têm o nome de Adroaldo Conzatti para concorrer ao paço municipal. Mesmo assim, o próprio Conzatti afirma que “o partido está de portas abertas para todos.” A postura do partido é o resultado de um cenário incerto, no qual os opositores do atual governo não descartam apoiar a situação em outubro.


Apoio disputado

Três das legendas não têm vereador na legislatura 2012-2016. Mesmo assim, o apoio delas é disputado pela situação e oposição. Veja a seguir os rumos estudados por essas legendas.

PSBlogo PSB

Os socialistas podem estrear na disputa municipal com uma das vagas na majoritária. A proposta foi feita pelo PMDB, que oferece a candidatura de vice-prefeito aos socialistas. Com passe valorizado, o PSB mantém negociação com os outros partidos da oposição e mesmo da situação.

DEMlogo dem

Os democratas garantem apoiar apenas o candidato que garantirá implementação da reforma administrativa. A medida é a principal bandeira do partido para 2016. A legenda não descarta lançar candidatura própria caso os demais partidos não se comprometam com o projeto.

PDTLogo PDT

O Legislativo será o foco do partido na eleição de outubro. No último pleito, a legenda não conquistou vaga na câmara de vereadores. Com isso, a possibilidade de uma candidatura própria na majoritária é escassa. Apesar da tendência em apoiar o bloco oposicionista, os dirigentes mantêm “portas abertas” para a situação.

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