As tratativas às eleições de outubro mostram a tendência de três chapas à majoritária. Enquanto o PP tenta angariar ajuda de outros partidos para a reeleição de Cesar Marmitt, as demais legendas articulam a oposição, que contará inclusive com o PSDB, integrante do atual governo.
A situação mais encaminhada é o acordo entre PT, PMDB e PDT. Os três partidos têm se reunido para negociar a manutenção do acordo vigente na câmara de vereadores. A maior incerteza por enquanto é em relação ao nome do cabeça de chapa.
O Partido dos Trabalhadores (PT) trabalha para indicar o ex-prefeito Rudimar Müller, repetindo a composição com o peemedebista José Iran Maria. O entrave para confirmar a candidatura é a ação judicial que torna Müller inelegível. Uma decisão final é esperada para a próxima semana.
Caso o ex-prefeito não possa concorrer, o nome mais forte para substituí-lo é do próprio José Iran Maria, que seria acompanhado pela vereadora petista Anastacia Zart. Mesmo assim, os petistas não descartam abrir mão da vaga em favor do PDT.
Os presidentes do PT, Roque Baum e PDT, Gilmar Gregório, se mostram otimistas para o fechamento do acordo. Para Gregório, manter a parceria iniciada no Legislativo é um dos principais motivos para o PDT entrar na coligação inédita.
Gregório garante ainda não ter feito qualquer exigência para compor a coligação. “Nós temos uns três ou quatro nomes para indicar se for necessário. Mas não exigimos nada.”
Enquanto trabalhistas e petistas se posicionam otimistas com a confirmação de um acordo, os peemedebistas estão mais receosos. O presidente do PMDB, Fausto Silva, não confirma o acerto com as outras legendas de oposição. “Não tem nada definido ainda, estamos conversando.”
A cautela pode ser explicada pelas negociações abertas com outro partido. O PSDB oferece a vaga de candidato a prefeito para atrair os peemedebistas. De acordo com um dos coordenadores dos tucanos, Henrique Bohn, as conversas estão bastante avançadas. “Estamos articulando com dois partidos, e o mais avançado para um acordo é o PMDB.”
Bohn acredita em uma definição até o fim desta semana. Caso não tenha parceiros para concorrer ao pleito, o PSDB tem o atual vice-prefeito, Lairton Hauschild, para concorrer ao Executivo.
PDT requisitado
Com três vereadores eleitos em uma câmara de nove parlamentares, a presença do PDT em uma das chapas é bastante requisitada. O apoio do partido é disputado pelo PP e PSDB.
Mesmo com a atual inclinação para apoiar a chapa petista, os trabalhistas mantêm as negociações com as demais legendas.
PP pode ficar isolado
Sem abrir mão do candidato a prefeito, o PP segue a busca por parceiros para reeleger Cesar Marmitt. Na última eleição, o partido teve o apoio do PSDB, no entanto, o desentendimento entre ele e o vice selou o fim da parceria.
O presidente do PP, Ubirajara Marques, é taxativo quanto à composição para a próxima campanha. “O único partido com quem não coligamos é o PSDB.” O discurso é repetido pelos tucanos. “Não coligamos com o PP”, afirma Bohn.
Além da definição, os progressistas também não abrem mão da indicação do candidato a prefeito. “O Marmitt é o nosso candidato, e é com ele que vamos concorrer à reeleição.”
Reuniões agendadas para esta semana devem confirmar as coligações.
