Morador do Loteamento Glória, no bairro Bela Vista, o aposentado Élio Führ, 70, se recorda do tempo em que o número de vizinhos podia ser contado nos dedos. “Quando era adolescente, tinham seis casas aqui nas redondezas. O resto era tudo mato.”
Com o boom habitacional dos últimos anos, a paisagem do bairro mudou. Loteamentos como o Alto do Arvoredo e o Monte Belo surgiram nas proximidades da casa de Führ e fizeram a população e o número de residências se multiplicar. “Hoje temos vizinhos em todos os lugares.”
A percepção de Führ é confirmada pelos dados do Setor de Planejamento. Em menos de três anos, o Executivo aprovou a abertura de 32 loteamentos. Eles estão distribuídos por nove bairros.
Conforme o secretário Henrique Meneghini, a maioria dos pedidos foi registrada em 2013. No ano, estava em discussão uma lei que obrigava os loteamentos a terem parte das ruas pavimentadas. “Muitos loteadores aproveitaram para aprovar o projeto antes da nova lei,” conta o secretário de Planejamento, Henrique Meneghini.
No último ano, Meneghini percebeu a diminuição do número de solicitações de novos loteamentos. Foram apenas quatro desde junho de 2015. Para o secretário, a quantidade de lotes disponíveis faz os empreendedores evitarem novos investimentos.
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Bairros preferidos
Conhecido como o bairro das indústrias, o Aimoré é o ponto preferido dos empreendedores. Lá foram aprovados sete novos loteamentos. A lista segue com Dona Rita (seis), Bela Vista e São Caetano (cinco).
“O fato de os loteadores terem áreas de terras nesses lugares faz com que eles optem pelos investimentos no local,” percebe Meneghini. O secretário aponta a localização próxima do centro, existência de empresas e infraestrutura básica (posto de saúde, escolas e mercados) como atrativos para os moradores.
Outros bairros que ganharam novos loteamentos foram: Dom Pedro II (quatro), Medianeira (dois), Palmas, Rui Barbosa e Barra do Forqueta (um).