Dia dedicado à paixão e ao romance

Vale do Taquari

Dia dedicado à paixão e ao romance

Casal diz que para manter uma relação é preciso compreensão, respeito e lealdade

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Vale do Taquari

Casados faz 50 anos, Anivo e Noélia ainda se consideram namorados. Ao acompanhar as mudanças sociais, avaliam as facilidades da vida moderna e o quanto era difícil começar uma vida a dois quando se conheceram.

A história do casal começou em um armazém de secos e molhados em Travesseiro. Toda a semana, Noélia levava a cesta de ovos para trocar por outras mercadorias. O estabelecimento favorecia a população, que tinha pouco dinheiro. “Ele era um homem interessante. Como continuei frequentando o comércio, acabamos nos aproximando”, lembra.

O namoro começou em um baile na localidade de São Luís. Os dois caminharam por seis quilômetros até o salão de festas. Lá, entre uma dança e outra, surgiu a paixão. Na volta, a conversa aproximou o casal ainda mais. Aquele dia nunca mais sairia da memória dos dois. “A volta do baile foi melhor que a ida”, lembra Noélia.

Depois disso, o relacionamento se perpetuou. Em seguida, veio o noivado. Seguindo a tradição da época, o pedido foi endereçado aos pais da noiva. O casamento veio depois de dois anos. O nascimento do primeiro filho, cinco meses após a cerimônia, foi tema de comentários da vizinhança. Nos anos 1960, um fato como esse gerava conversas paralelas em uma comunidade pequena e conservadora.

Muitas foram as dificuldades. Naquela época não havia creche. Os vizinhos tinham que ajudar. “Não tínhamos muito tempo para ficarmos juntos.” Hoje os três filhos, três netos e bisneto visitam o casal com frequência. Mas é nos momentos a sós que as histórias de vida são compartilhadas. “O namoro segue em forma de cumplicidade”, sentenciam quase juntos.

Para eles, a data deveria tratar de algo que ultrapassa a simbologia dos corações e das rosas distribuídas no dia 12 de junho.“Acredito que o chimarrão de todos os dias, na hora que temos para conversar, sejam formas de namoro.”

Segundo o casal, o Dia dos Namorados precisa ser uma data para comemorar e pensar sobre o que é um relacionamento. O sentimento deve ser mantido, assim como a amizade. “Dividir as tarefas diárias e as responsabilidades melhora a vida dos dois. Há brigas, mas isso precisa ser passageiro. É preciso esquecer e seguir. Ser amigo acima de tudo”, ensinam.

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Presente ideal

As baixas temperaturas fazem o setor de vestuário se animar às vésperas do Dia dos Namorados. Pesquisa da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV) aponta que a roupa foi o presente escolhido por 54,3% dos entrevistados. A lista de preferências segue com perfumes e cosméticos (32,3%), calçados (29,9%) e livros (25,3%).

Outro segmento que deve faturar com a data comemorativa é o das floriculturas. Dona de um estabelecimento em Arroio do Meio, Juliana Meyer, 41, defende que as flores são o “complemento ideal para um presente”. “A rosa, por exemplo, é o símbolo do amor.”

Na floricultura de Juliana, os preços variam de R$ 10 até mais de R$ 100, dependendo da quantidade de flores e arranjo do buquê. Ela destaca que o Dia dos Namorados no domingo acabou auxiliando nas vendas. “Com a sexta e sábado, os namorados têm mais tempo para planejar e comprar um presente.”

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