Depois de três reuniões entre entidades patronais e sindicato, os comerciários preparam protesto para o dia 23. A divergência sobre o reajuste anual é o principal ponto de discórdia. Os representantes da categoria garantem ter chegado ao limite nas negociações.
Segundo o presidente do Sindcomerciários do Vale do Taquari, Marco Daniel Rockenbach, a data-base da categoria venceu em março. De acordo com ele, desde então, o sindicato abriu mão de diversas reivindicações. “Começamos pedindo auxílios, reposição pela inflação e 2% de aumento real.”
O presidente garante ter reduzido as exigências por “compreender” a crise econômica do país. “Hoje queremos apenas o reajuste pela inflação”. Apesar de ter menos reivindicações, Rockenbach diz ter dificuldade em negociar com o Sindilojas. “Sabemos que no Vale há condições de pagar, e estamos pedindo o mínimo”, afirma.
Manifestação pode ser cancelada
Mesmo agendado, o protesto dos comerciários pode não ocorrer. Tudo depende do resultado do próximo encontro entre os sindicatos. Caso as duas partes cheguem a um acordo, a caminhada dos comerciários no centro de Lajeado não será realizada.
O presidente do Sindcomerciários descarta a possibilidade de greve. O dirigente afirma não ter condições de convocar um movimento de paralisação da categoria.
Patronal
O diretor do Conselho de Relações do Trabalho do Sindilojas Vale do Taquari, Silvio Henrique Frohlich, afirma manter as negociações com a categoria. “É preciso tranquilidade para que consigamos chegar a um consenso.”
As dificuldades em atender as exigências do Sindcomerciários são atribuídas à crise nacional. “O resultado é o fechamento de postos de trabalho e empresas”, afirma o diretor.
