A quarta edição do Festival de Dança promovido pela Secretaria de Cultura consolidou o projeto local. Com 550 bailarinos divididos em 28 grupos de Teutônia, Westfália, Bento Gonçalves, Lajeado, Montenegro, Taquari, Encantado e Santa Cruz do Sul, o CTG Querência da Amizade recebeu quatro mil pessoas. A disputa pelo troféu ocorreu em 13 categorias, do jovem ao idoso. A programação iniciou no dia 2 e encerrou no sábado.
Alexandre Bitdinger, 21, de Lajeado, pratica dança desde os 10 anos de idade e faturou todos os troféus na dança de rua, desde 2014. Na edição deste ano, se inscreveu com seis coreografias e ganhou as seis. “Cada bailarino e professor tem um estilo que se sente mais à vontade. Além de ser o meu perfil, procuro inovar, ter minha identidade e criar os meus movimentos. É uma das modalidades mais famosas depois do ballet clássico que é o pilar de tudo”, diz.
Bitdinger administra academia de danças em Lajeado e também leciona em Bom Retiro do Sul. Segundo ele, as danças urbanas foram implantadas há pouco tempo na cidade e começaram a germinar agora. A principal barreira que impede essa arte de crescer é o preconceito. “É algo bem fora do padrão, mas está começando a crescer. Os jovens estão entendendo e se interessando cada vez mais.”
Inclusão pela dança
No primeiro dia do festival, a Apae de Teutônia garantiu o primeiro lugar. O grupo de seis jovens iniciou no ano passado, com intuito de desenvolver a coordenação motora e a inclusão por meio da música.
Como estreantes em festival, alcançaram o segundo lugar. Conforme a diretora da instituição, Rosangela Inês Rehrig, independente de colocação, os alunos saem vitoriosos. “Para eles é sempre importante por estarem sendo incluídos na sociedade.”
Na fim do mês de maio, os dançarinos estiveram em Ijuí, onde disputaram o campeonato estadual, no Festival Nossa Arte. Embora não tenham se classificado para a fase nacional, puderam apresentar uma de suas três coreografias. Além desse grupo, a Apae prepara mais duas turmas com ensino da dança gauchesca.