A intimidação sofrida por uma cobradora da Stacione Rotativo na sexta-feira passada foi denunciada à Polícia Civil (PC). A funcionária foi abordada por um homem, na rua Santos Filho, logo após ele perceber um Aviso de Irregularidade (AI). Após uma discussão, ele fez menção de pegar uma arma de fogo no porta-luvas e ameaçou a monitora. Caso preocupa direção da empresa.
O fato ocorreu por volta das 12h. O motorista não chegou a mostrar a arma. Mas ofendeu a funcionária e reiterou ameaças de sacar uma arma. “Você não sabe com quem está lidando, filha da….” O descontrole do condutor teve como origem uma multa administrativa de R$ 20 por falta de pagamento das tarifas cobradas por estacionar na área azul.
Segundo o gerente da empresa, Vander da Silva, o motorista infrator teria tentado a anulação do AI. O pedido foi negado pela cobradora da Stacione. “O usuário a ameaçou. Mas não houve, de fato, uma agressão física, felizmente.” Para ele, o caso é agora de responsabilidade da PC. “Fizemos nossa parte ao denunciar o caso, para que isso não volte a ocorrer.”
Apesar da gravidade do fato, Silva alerta para a esporacidade desses casos. “Discussões até podem ocorrer com maior frequência. Mas casos de agressão físicas não são rotineiros dentro da nossa rotina”, salienta. Mesmo assim, garante haver, por parte da empresa, treinamentos específicos de abordagem. “A orientação é sempre pela diplomacia. Explicar de forma tranquila, sem desacatar o usuário.”
Além disso, diz Silva, pessoas propícias aos conflitos são avaliadas no momento da contratação e, comprovada a inaptidão para lidar com o público nas ruas, o funcionário é desligado do quadro. “Nosso principal critério é a educação. Sabemos que muitas vezes as situações são desagradáveis, pois envolvem cobrança. Mas precisamos manter a calma sempre.”
Casos com agentes de Trânsito
No perímetro urbano de Lajeado, também foram verificados diversos casos de agressões contra agentes de Trânsito. O último que teve repercussão na mídia ocorreu em julho do ano passado. Na ocasião, um “azulzinho” precisou de atendimento médico após ser agredido com chutes no rosto por um motociclista, na av. Senador Alberto Pasqualini.
O caso também foi registrado na PC, como desobediência, desacato e lesão corporal. Um mês antes, um cidadão foi preso pela Brigada Militar (BM) após agredir agentes e atirar um tijolo contra uma viatura do Departamento de Trânsito. O fato ocorreu por volta das 10h, na Carlos Fett Filho, no bairro Americano.
De acordo com o diretor de Trânsito, Euclides Rodrigues, casos como esse são raros. “Nossa comunidade é ordeira. Mesmo assim, há alguns episódios lamentáveis. O agente está para auxiliar a comunidade. Ele é autoridade, e está sendo pago para fiscalizar. Mas nossa única arma é o apito. Tenho certeza que ninguém desrespeitaria se fosse um policial”, reclama.
Segundo Rodrigues, a orientação repassada aos agentes é sempre orientar o condutor, evitando conflitos. “Orientamos, sempre, muito diálogo. Principalmente em situações mais complicadas, como remoção de veículos.” Em maio, todos os servidores públicos do departamento passaram por novo treinamento de abordagem.