Um grupo de 45 militares do 7º Batalhão de Infantaria Blindado, sediado em Santa Cruz do Sul, iniciou a Operação Dínamo IV, ontem, em dois pontos da estrada de São Jacó. Ação, coordenada pela Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC) e pelo Comando da 3ª Região Militar, deve se estender até amanhã.
As atividades dos pontos de controle de tráfego desenvolvidas em Estrela foram encerradas no fim da tarde. Eles foram escolhidos pela existência da fabricante de explosivos Dinacon, anexa à Conpasul.
No município, assim como nas outras 74 cidades, as ações foram feitas pelo Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC) e outras 14 unidades militares. Os militares atuaram em parceria com fiscais fazendários estaduais e órgãos de segurança pública locais.
Durante a ação, foram fiscalizados veículos com a identificação de transporte de explosivos ou itens relacionados. Neles, os militares confrontavam os itens descritos na nota fiscal com a carga transportada. Além de possíveis irregularidades, a medida tentava identificar possíveis sobras dos produtos e mapear o fluxo dos materiais no estado.
O comandante da 3ª Região Militar, general Valério Stumpf Trindade, salienta a importância da ação para a segurança dos Jogos Olímpicos deste ano, no Rio de Janeiro. Em nota, destaca o papel da operação no aprimoramento da mobilização industrial, assim como qualidade da produção nacional de explosivos, proteção dos interesses nacionais em áreas como economia, defesa militar, ordem, segurança e tranquilidade pública.
Por lei, a fiscalização de explosivos e produtos correlatos é atribuída ao Exército. O uso é restrito a pessoas ou empresas habilitadas. Os veículos que transportam o material precisam ser identificados.
Durante a Operação Dínamo III, em novembro de 2015, foram apreendidas mais de 2,6 toneladas de explosivos, além de 679 espoletas e 3,2 mil metros de cordel detonante no estado. Também foram recolhidos 178 metros de estopim e 57 retardadores. O material estava sendo vendido de forma irregular ou armazenado de maneira imprópria.
Saiba mais
Segundo a 3ª Região Militar, no RS, atuam um fabricante de material explosivo e dois distribuidores. Pelo histórico de atuações, entre as irregularidades mais comuns constatadas, estão materiais armazenados acima da quantidade autorizada, condições de segurança deficientes dos depósitos (paióis), desacordo entre quantia de material estocado em desacordo ou sem documentação. Itens como data de validade expirada, armazenamento inadequado, produtos transportados sem a guia de tráfego expedida pela fiscalização militar também foram constatados.