Uma das representantes do CTG Tropilha Farrapa ficou na quarta colocação da categoria juvenil da etapa estadual da 46ª Ciranda Cultural de Prendas. Jéssica Herrera, 18, teve melhor campanha do município e ficou a meio ponto das três premiadas. A última participante da 24ª Região Tradicionalista (RT) a conquistar a faixa estadual foi Janaína Matiello, do Grupo de Artes Nativas (GAN) Anita Garibald, há cinco anos.
A seletiva ocorreu em Passo Fundo e envolveu avaliação escrita, oral, de dança, declamação e folclore. No teste escrito, Jéssica errou uma das 30 questões sobre história, geografia, tradicionalismo e cultura. Além dela, só a ganhadora da edição teve tantos acertos. Ao todo, 23 prendas do estado disputaram uma das três colocações.
Desde 2006 no CTG, foi a primeira vez de Jéssica na competição estadual. Para exibição de artesanato, a jovem buscou inspiração nas técnicas e práticas com cipós desenvolvida pelos indígenas. Ela ressalta a dedicação aos estudos.
Para angariar fundos, integrantes do CTG organizaram um chá beneficente. Neste ano, a 24ª RT teve Débora Reiher disputando pela categoria adulta. Ela participou pelo CPF Terra de Um Povo, de Venâncio Aires. Além dela, Maria Eduarda da Costa, do CTG Querência da Mata, de Mato Leitão, participou pela categoria mirim.
Participação reconhecida
Na avaliação da coordenadora cultural do CTG Tropilha Farrapa, Carolina Bouvie dos Santos, o resultado serve de estímulo. “É um exemplo e muito positivo. Isso acaba motivando os outros a verem que isso não é impossível, mesmo que exige toda esta dedicação.”
Segundo Carolina, com a mobilização feita para ajudar Jéssica, parte dos materiais de apoio necessários foi adquirida e isso facilita para futuros candidatos. Os livros devem ficar disponíveis na biblioteca interna.
Para a coordenadora cultural da 24ª RT, Luce Mayer, a complexidade das provas e o equilíbrio entre os participantes estão entre os principais desafios de cada edição. Com o resultado, projeta mais competitividade nas seletivas regionais e destaca o histórico de Encantado e Lajeado nas competições. “Vai ser bastante disputado. A apresentação artística não é apenas dançar, é preciso ter conhecimento e preparação”, resume.
