Vereadores rejeitam iniciativa popular
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Teutônia

Vereadores rejeitam iniciativa popular

Análise jurídica do Legislativo considera proposta de reduzir salários inconstitucional

Vereadores rejeitam iniciativa popular
Teutônia

Erros no projeto de iniciativa popular para reduzir salário dos vereadores distancia pleito comunitário. O documento com 1.950 assinaturas foi protocolado no dia 6 e está na Comissão de Justiça e Redação. A assessoria jurídica julgou que a proposta de reduzir em 50% o subsídio dos parlamentares é inconstitucional.

Segundo o advogado Fábio Gisch, não cabe à população decidir o subsídio dos agentes políticos, apenas o Legislativo pode sugerir e criar projetos. Além disso, o documento não se sustenta com as assinaturas. “Precisa ser de eleitores de Teutônia e para isso deve estar preenchido com título de eleitor. A maioria está com CPF e RG, algumas sem identificação e assinatura dupla.”

Caso a comissão de Justiça e Redação acate o parecer jurídico, o pedido será arquivado. Líder do pleito popular, Jorge Nunes, 68, aguarda resposta oficial sobre o projeto para corrigir os detalhes com auxílio de advogado. Para ele, o material deve ser revisto e retornar à câmara. As assinaturas começaram a ser coletadas no fim do ano passado com base na iniciativa de municípios vizinhos.

Segundo Nunes, o objetivo não é equiparar o salário do vereador ao de um professor, mas sugerir economia em um recurso que pode ser investido em outros setores.

Hoje, os dez vereadores que recebem subsídio de R$ 5.119,23 consomem R$ 51.192,30 do dinheiro público por mês. Somados aos R$ R$ 6.399,01 da presidente da câmara, elevam a conta para R$ 57.591,31. No ano, o montante chega a R$ 691.095, 72. Com a redução de 50% do subsídio, a economia chegaria a R$ 345.547,86.

Subsídio fixado barra mudança

No fim de 2015, a câmara aprovou com unanimidade o reajuste de 10% no salário do prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores. O valor foi elevado de R$ 4.653 para os atuais R$ 5.119,23.

Em abril deste ano, um novo projeto foi aprovado, fixando o valor do subsídio e salários de 2017 até 2020.

Conforme a presidente, Mareli Lerner Vogel (PP), a medida foi validada com base em orientações da Associação dos Vereadores do Vale do Taquari (Avat), União dos Vereadores Brasileiros (UBV) e União dos Vereadores do Rio Grande do Sul (Uvergs), que tem o amparo do Tribunal de Contas.

Despesa anual com subsídios

Lajeado
(15 vereadores)
R$ 1.170.343,56

Estrela
(13 vereadores)
R$ 1.048.176,00

Teutônia
(11 vereadores)
R$ 691.095,72

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