No primeiro dia de greve do magistério estadual, duas escolas tiveram reuniões sobre a participação dos estudantes no movimento. Na escola Reynaldo Affonso Augustin, em Teutônia, o protesto em apoio aos professores suspendeu as aulas. O grupo também apresentou reivindicações.
Mesmo sem o registro de outras manifestações pela região, alunos de outros colégios promoveram encontros para debater o momento da educação estadual. Pela manhã, integrantes do Grêmio Estudantil do colégio Érico Veríssimo, de Lajeado, realizaram uma plenária para esclarecer aos colegas a opção de greve pelo Cpers e decidiram apoiar os professores. Com isso, os estudantes também foram orientados a não comparecer nas aulas. Além de apoiar os sindicalistas, também apresentarão um documento com os pedidos.
Os alunos do colégio definiram três reivindicações principais. A implementação do passe livre, a nomeação de professores para os laboratórios da escola e a exigência de docentes ministrando aulas nas respectivas áreas de formação.
Segundo a presidente do Grêmio Estudantil, não há encaminhamento para ocupar a escola como ocorreu em outras cidades do estado. Porém, afirma que serão realizadas atividades para tornar a greve “ativa” e “não apenas com o aluno não indo à escola”. A ideia é realizar manifestações na própria escola enquanto durar a paralisação.
Hoje à tarde, ocorre assembleia de todos os grêmios estudantis da região. No encontro, pretendem definir as iniciativas e postura dos estudantes durante a greve do magistério.
Estado tem 19 escolas ocupadas
O movimento de ocupação de escolas pelos estudantes, que teve início na semana passada em Porto Alegre, ganhou mais adesões ontem. Ao todo, 18 escolas têm alunos acampados, sendo sete na capital. Mesmo número visto em Rio Grande. Pelotas e Passo Fundo têm uma escola ocupada cada e Ijuí, duas.
O Cpers ainda não tem o número de professores que cruzaram os braços. Segundo o sindicato, esses dados só estarão disponíveis ao longo do dia de hoje.
Pouca adesão dos docentes
Com adesões parciais até o momento, o 8º Núcleo do Cpers pretende reforçar o debate com a categoria para aumentar a participação. De acordo com a representante do núcleo, Luzia Herrmann, o início de semana foi destinado a esclarecer e sensibilizar profissionais. Ao longo do dia, os sindicalistas se reuniram com docentes nas principais escolas.
Conforme ela, cerca de 15 integrantes devem acompanhar as mobilizações marcadas para hoje em Porto Alegre, quando ocorre a primeira audiência entre sindicato e governo. Apesar de não ter uma estimativa sobre a adesão, ela reforça a insatisfação da categoria. “Disposição de greve há em todas as escolas, mesmo que não tenha paralisação.”