As sobrancelhas grossas e as flores coloridas no cabelo serão mostradas pela protagonista que sobe ao palco no Teatro da Univates, no dia 19, às 20h. O trejeitos e os inconfundíveis identificadores de uma das maiores artistas latino-americanas de todos os tempos mostram a fuga do senso comum.
O espetáculo mostra a mulher símbolo da resistência em fatos desnudados – uma apresentação que revela de forma crua a vida conturbada da pintora, abalada por doenças, acidentes e histórias de amor. Morreu aos 47 anos. E ficou conhecida mundialmente após a morte.
A peça mostra os amores da vida da artista, por homens e mulheres. O espetáculo é baseado na escrita apaixonada e revolucionária da pintora, desvelando uma maquiagem espessa, sob a qual os modismos tentaram tomar.
Conforme a professora do curso de Design da Univates, Raquel Barcelos de Souza, é possível senti-la de forma mais fiel no México. Mas há exposições em vários lugares do mundo. “Pinturas e desenhos impactantes pela temática das cores, composições, ornamentação, estilo, muitas vezes quase infantil e inconsciente, mas humano.”
Arte da superação
Aos 6 anos, Frida contraiu poliomielite, o que a deixou com sequelas em uma das pernas. Aos 18, aprendeu a técnica da gravura com Fernando Fernandez, mas sofreu um grave acidente. Ficou meses internada entre a vida e a morte.
Após esse episódio, Frida conheceu um dos maiores pintores mexicanos, o muralista Diego Rivera. Eles se apaixonaram e viveram um grande amor, também retratado em seus trabalhos. Fim da dor
Tomada por dores sentidas desde o acidente, Frida tentou o suicídio diversas vezes. Acometida de pneumonia, foi encontrada morta em 13 de julho de 1954.
A última anotação em seu diário diz: “Espero que minha partida seja feliz, e espero nunca mais regressar – Frida.” Seu corpo foi cremado e as cinzas foram depositadas em uma urna em sua antiga casa, hoje Museu Frida Kahlo.
De acordo com a professora Raquel, ela se tornou conhecida em função da mensagem passada em vida – a força de viver mesmo com muitos obstáculos. “Também em função de ser uma mulher muito à frente do seu tempo, sem preconceitos, com o coração aberto, amante da vida e de tudo que dela fizesse parte.”
Serviço:
O quê: Frida Kahlo, à Revolução
Quando: dia 19
Ingresso: R$ 40. A venda ocorre na Bilheteria do Teatro Univates ou pelo site. O horário de atendimento da Bilheteria é de segunda a sexta-feira das 13h30min às 17h e das 18h às 22h30min.
O evento tem duração de uma hora e a classificação é 12 anos.