O prazo final para apresentação das coligações partidárias vence no dia 15 de agosto, às 19h. Diante disso, presidentes das principais siglas em Lajeado agilizam as negociações para composição das chapas.
Pela oposição, a dúvida envolve a possível aliança entre o PP e o PMDB. O primeiro comandou a prefeitura por 16 anos antes do PT assumir em 2013. O segundo foi aliado de Luís Fernando Schmidt até dezembro.
Presidente municipal do PP, Isidoro Fornari não descarta uma coligação com o PMDB. No entanto, deixa claro que, hoje, a posição dos progressistas é escolher os nomes para majoritários entre os partidos já coligados. São eles o PSDB, o DEM e o PSD. “A princípio, o grupo montado é esse. E a ideia é indicar nomes ligados a essas siglas. Mas não tem porta fechada.”
O grupo formado por representantes das três siglas realiza reuniões semanais. Nos encontros, correligionários do partido NOVO também auxiliam nos debates e formatação de planos de governo. Entre os nomes já cogitados para pré-candidatos, Marcelo Caumo, Glauco Schumacher e Isidoro Fornari, pelo PP, e Leodir Degasperi, pelo DEM.
De acordo com o presidente do PSDB em Lajeado, Carlos Reckziegel, a aliança está “fechada”. “Não há exigência de nomes por parte de nenhuma sigla até o momento. Estamos discutindo ideias.” Segundo ele, caso o grupo decida por indicar um tucano para ser o candidato a prefeito, o sugerido do partido será o empresário e ex-vereador, Ito Lanius.
PMDB aguarda pelo PP
Segundo o presidente peemedebista em Lajeado, Celso Cervi, o “plano A” do partido é a coligação com os progressistas. “Queremos o PP como vice na nossa chapa. E sabemos que diversas alas e até alguns vereadores deles já estão de acordo com essa aliança. Muitos deles, inclusive, já estiveram mais distantes de nós, e agora se aproximaram. Vamos aguardar.”
Cervi mantém cautela sobre as declarações de líderes do PP. Para ele, as divergências internas entre os progressistas – principalmente em relação à necessidade de indicar o nome a prefeito – devem ser resolvidas ainda neste mês. “Sabemos que existem muitas correntes internas que divergem em alguns aspectos. E sabemos que as portas não estão fechadas. Mas, se não ocorrer, nosso ‘plano B’ para vice é o Renato Worm, pelo PDT.”
PT regional ignora diretório estadual
Para o sindicalista e presidente do PT em Lajeado, Ricardo Ewald, a coligação dos partidos de situação não levará em conta uma determinação do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores, que proibiu alianças com siglas que apoiaram o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff.
Segundo ele, tal determinação não foi oficializada pelo diretório do PT. “Não recebemos aqui e tampouco na nossa regional do Vale. Tudo que sei é o que li pela imprensa. E não concordo com a decisão”, sustenta Ewald. Sobre o pleito em Lajeado, ele garante que a coligação com o PTB está “amarrada.” Ele também confirma apoio dos partidos PPL, PSC, PRB, PR, PC do B e PSB.
