Frustrados com o reajuste salarial de 8% proposto pelo Executivo e aprovado pelos vereadores em março, os servidores municipais programam novo protesto.
A manifestação ocorre amanhã, a partir das 10h, no largo da prefeitura. Em seguida, os participantes seguem em passeata até o posto Faleiro.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Professores de Lajeado (SPML), Mara Lúcia Crestani Goergen, o ato visa demonstrar a indignação diante da falta de valorização aos profissionais e ao tratamento diferenciado entre categorias do funcionalismo.
“Neste ano não recebemos nem a reposição do índice da inflação, conforme previsto na Lei Orçamentária”, alega. Segundo ela, enquanto a maior parte dos servidores sofre com a desvalorização salarial, algumas categorias receberam 81% de aumento.
“Recentemente foi aprovado na câmara mais um adicional de 20% no risco de vida dos fiscais sanitários. Tudo bem, eles precisam, mas e os demais também merecem melhores salários”, aponta. Segundo ela, a intenção é mostrar para o prefeito Luís Fernando Schmidt que a categoria não descansará enquanto não obtiver os direitos assegurados por lei.
Conforme a presidente do Sindicato dos Funcionários Municipais de Lajeado (Sipumul), Sônia Rejane Feldens Heydt, o descontentamento do funcionalismo também decorre da falta de diálogo por parte do município, principalmente durante as negociações do reajuste.
“Ao contrário do que parece, não teve acordo nenhum e o prefeito nem nos recebeu na época”, ressalta. Segundo ela, todas as tratativas ocorreram com a secretária de Administração e a assessoria jurídica. Apesar da lei ter sido aprovada na câmara, o sindicato ainda não desistiu de incluir a reposição de 2,6% restantes para completar o índice inflacionário. Segundo Sônia, a entidade entrou na Justiça para exigir a diferença.
O reajuste de 8% ao funcionalismo foi aprovado em sessão do Legislativo realizada no dia 29 de março. As negociações começaram com o governo oferecendo 6,8% de reajuste, enquanto a servidores exigiam a reposição de 10,6%, equivalente à inflação dos últimos 12 meses.
Desde o início das negociações, as entidades representativas organizaram protestos e paralisações. No dia 21 de março, 200 pessoas se manifestaram em frente à prefeitura mesmo sob muita chuva. Juntos, os dois sindicatos representam 620 professores associados e 533 servidores sindicalizados.
