A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT) divulgou, nessa semana, os atletas convocados para o Campeonato Ibero-Americano de Atletismo.
O certame será disputado dos dias 14 a 16 de maio, no Estádio Olímpico do Engenhão, no Rio de Janeiro. Será um evento-teste para os Jogos Olímpicos do Rio 2016.Pela primeira vez, o nome de Jaqueline Weber figurou na lista da delegação adulta.
Ela disputará as provas de 800 metros rasos. “É a realização de um dos meus sonhos. Só quem me acompanhou de perto sabe o quanto almejei e lutei diariamente por isso.” Para conseguir a convocação, Jaqueline participou de competições em São Paulo, Uruguai e Chile. No dia 8, a atleta cravou a melhor marca da carreira ao finalizar os 800 metros em 2min06seg. O fato ocorreu no GP Sul- Americano – prova conquistada por Jaqueline.
Ela está a 5 segundos do índice olímpico. Até a primeira quinzena de julho, Jaque treinará para tentar baixar a marca pessoal. “Vai ser uma tarefa bem difícil, mas nada neste mundo é impossível,” enaltece.
Atleta de 21 anos está a 5 segundos do índice olímpico nos 800 metros
As principais atletas da modalidade são a brasileira Flávia de Lima e a uruguaia Débora Rodrigues, que já têm o índice olímpico.
História da atleta
Jaque começou os treinamentos aos 9 anos, em uma oficina extraclasse de atletismo no Colégio Teutônia. Coordenador do projeto, Laudenor Brune percebeu o potencial da jovem para as provas de distância. Aos 10 anos, ela participou da primeira competição: o Troféu Ivoti.
Mesmo estreando, superou os adversários e ficou com o título. Em 2010, com 15 anos, deu um salto na carreira ao participar da primeira competição brasileira. Ficou em terceiro lugar na prova de 1000 metros, depois de liderá-la em 90% do percurso.
Dois anos depois, a atleta conquistou a medalha de prata na prova nacional de 1500 metros. Com a posição, classificou-se ao Campeonato Sul-Americano e foi a primeira atleta do Vale do Taquari a ingressar na seleção brasileira.
Hoje a atleta de 21 anos treina em Santa Cruz do Sul pela Associação Medalha de Ouro (Ame). Ela recebe auxílio do Bolsa Atleta (valor repassado pelo governo federal a medalhistas) e Fenabb (programa de apoio a atletas do Banco do Brasil), e tem patrocínio da Languiru e Unisc.
