Sesc recebe espetáculo Sobre Anjos e Grilos

Lajeado

Sesc recebe espetáculo Sobre Anjos e Grilos

Peça aborda problemas contemporâneos a partir de poemas de Mario Quintana

Sesc recebe espetáculo Sobre Anjos e Grilos
Lajeado

O espetáculo Sobre Anjos e Grilos – O Universo de Mario Quintana chega à cidade hoje, às 20h, no Teatro do Sesc. A atriz e diretora Débora Finocchiaro interpreta os poemas e textos retirados de entrevistas com o poeta Mario Quintana.

A transição entre as diferentes linguagens corporais, de expressão, misturando artes plásticas e visuais em projeções de tela com trilha eclética, com execução do Chico Ferreti, dão a dimensão da obra. Segundo Débora, a ideia da peça iniciou em 2004, quando conheceu a obra do Mário Pirata, em um programa no Centro Cultural Erico Verissimo, em Porto Alegre. “Quando vi o roteiro não acreditei. Li coisas que me surpreenderam sobre o Quintana.”

O espetáculo conta com imagens de projeção em tela, de obras da artista plástica Zoravia Bettiol. Débora contracena com as imagens. “Toca na alma das pessoas de uma forma que rompe com o preconceito em relação à poesia.” O projeto realizado pelo Ministério da Cultura, Sulgás, Sesc e Companhia de Solos e Bem Acompanhados conta com oficinas gratuitas.

Para Débora, elas incentivam as formas criativas de brincar com a voz e com o corpo, rompendo com as limitações impostas pelo sistema. Faz parte da programação a gravação do DVD, que será lançado em julho, no aniversário do Mario Quintana.

Teatro de inclusão e reflexão

De acordo com a diretora, a arte contribui para um mundo mais ético “no sentido profundo e divino da palavra”. O interesse é despertar, segundo ela, a consciência de que nem tudo é do jeito como é dito. “Tem a ver em domesticar gente. Esse sistema onde só o que conta é o ter, o ser melhor do que outro. Um formato inclinado à competição e à renda; à competição e ao ódio.”

A atriz afirma que é preciso romper o círculo vicioso. “A gente olha uma corja no Congresso, que a gente sustenta, um tipo que se mostra bizarro. De que forma não alimentar esse círculo? A arte tem essa função, de transformar, de refletir, ser mais sincero, mais humano.”

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