João Gravina assume presidência do HBB

Lajeado

João Gravina assume presidência do HBB

Professor universitário substitui Claudinei Fracaro na direção do hospital

João Gravina assume presidência do HBB

A Sociedade Beneficência e Caridade de Lajeado, mantenedora do Hospital Bruno Born, realizou na noite de ontem a assembleia geral ordinária para a escolha da nova diretoria.

O evento ocorreu na Câmara de Vereadores e também serviu para apreciação das contas do exercício de 2015.  O então presidente da entidade, Claudinei Fracaro, apresentou os números do hospital referentes ao ano passado.

Diante da queda nos repasses do Estado e da União, os investimentos foram reduzidos em relação à 2014. Ao todo, foram investidos R$ 4,1 milhões em 2015, contra R$ 7,2 milhões do ano anterior. Nos últimos 9 anos, mais de R$ 32 milhões foram empregados no HBB.

Entre principais receitas do HBB alcançadas no ano passado, 46% são provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Os convênios representam 45% das recursos e os atendimentos particulares chegam a 8%.

Em 2015, o SUS foi responsável pelo ingresso de R$ 41,9 milhões para a instituição, acréscimo de 1,2% na comparação com 2014. O crescimento maior ocorreu nos atendimentos via convênio, que representaram R$ 40,9 milhões no ano passado contra R$ 38 milhões do ano anterior, representando acréscimo de 7,3%.

Já nos atendimentos particulares houve queda de 3,5%, passando de R$ 7,7 milhões em 2014 para R$ 7,4 milhões em 2015. Convênios e particulares representam 20,1% dos atendimentos registrados no HBB. O restante dos atendimentos ocorrem via SUS.

Claudinei Fracaro ressaltou ainda a queda de atendimentos na emergência a partir da consolidação da UPA em Lajeado. Em 2014 foram 24,6 mil atendimentos na modalidade, contra 17,1 mil em 2015, representando uma redução de 30%.

Após a divulgação dos números, a nova diretoria da instituição foi aclamada pelos sócios da mantenedora. O professor universitário e então vice-presidente, João Batista Gravina encabeçou a chapa única aprovada pelos associados.

Francisco Abrahão reeleito no HOB

A Associação Beneficente Ouro Branco (ABOB), entidade mantenedora do Hospital Ouro Branco (HOB), realizou na semana passada a assembleia para escolha da direção para o biênio 2016-2018. Uma única chapa foi apresentada e eleita por unanimidade pelos associados. Francisco de Souza Abrahão foi reeleito presidente para o quarto mandato consecutivo.

No discurso de posse, Abrahão destacou as dificuldades enfrentadas pelo hospital e a fidelidade dos diretores por não terem abandonado a instituição. “A causa é difícil, mas o grupo é muito unido. Acreditamos no trabalho que está sendo feito.”

Conforme o presidente, os atrasos nos repasses financeiros do Estado continuam sendo muito prejudiciais. “Precisamos nos unir e tirar o fardo das costas dos funcionários do hospital, nos envolver, ser mais ativos e procurar por novas soluções para enfrentar as dificuldades.”

“Não se faz saúde sem dinheiro”

A Hora – Quais os principais desafios da nova gestão do HBB?

João Batista Gravina – A ideia é dar continuidade ao trabalho que estende faz 16, 18 anos. Trocam alguns membros da diretoria e ela continua a desenvolver as atividades. Uma das prioridades é instituir o sistema de acreditação hospitalar. É um projeto embrionário, mas necessário, porque as agências começarão a classificar os hospitais pelo nível das avaliações. Quem tiver esse sistema funcionando será melhor remunerado. Temos que nos preparar para isso.

– A crise financeira dos governos estadual e federal reduziu os repasses aos hospitais filantrópicos e Santas Casas. Como enfrentar essa realidade?

Gravina – Esse é ouro grande desafio. Buscamos fazer a nossa lição de casa enxugando gastos e ajustando medicações, funcionamentos e tudo o que está ao nosso alcance. Algumas coisas independem de nós, mas, se visitarmos o nosso hospital e compararmos com outras instituições, seja na região ou fora dela, percebe-se que ainda estamos muito bem.

– Quais estratégias adotadas para melhorar as receitas do HBB?

Gravina – Nós estamos renegociando com todas as prefeituras, e várias já assinaram acordo. Para o hospital funcionar, ele precisa de rentabilidade. Não se faz saúde sem dinheiro. O que a população nem sempre entende é que somos prestadores de serviços e o gestor é o estado, o município e a União. Com os municípios é mais fácil de propor o diálogo, mas com o Estado e a União está muito difícil.

– Qual os recursos que deixaram de ser repassados ao HBB?

Gravina – Principalmente aquelas verbas complementares. Como os contratos estavam defasados, o governo estabeleceu incentivos aos hospitais para manterem o serviço, mas agora foi tudo cortado. Não é uma briga apenas do Bruno Born, mas de todas as santas casas e hospitais de caridade.

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