Integrantes dos grupos de risco fazem fila para garantir vacina

Vale do Taquari

Integrantes dos grupos de risco fazem fila para garantir vacina

No Posto Central de Lajeado foram aplicadas 200 doses em 1h30min

Integrantes dos grupos de risco fazem fila para garantir vacina

O posto de saúde do centro de Lajeado nem havia aberto quando 65 pessoas já aguardavam para fazer a vacina contra a gripe A.

Durante o restante da manhã de ontem, primeiro dia da campanha, a movimentação em uma sala lateral ao posto se manteve e cerca de 200 haviam sido imunizadas até as 9h30mim. Até o fim do mês, a unidade atenderá até as 19h.

A maior demanda, segundo a enfermeira Clara Battisti, foi de pessoas com mais de 60 anos. De acordo com ela, pela circulação verificada na manhã, a tendência era de até 500 aplicações durante o primeiro dia de campanha. No posto, uma sala foi separada para as imunizações. Com o atendimento focado, o primeiro grupo de 65 pessoas foi atendido em cerca de uma hora e meia.

Clara não indica a decisão de esperar por atendimento antes do horário de abertura das unidades. Para a enfermeira, a procura intensa no primeiro dia é reflexo do número de casos da doença e das 18 mortes relacionada ao vírus H1N1 no estado. “Acho que isso fez as pessoas levarem mais a sério, mas essas pessoas dos grupos de risco não devem se expor. Para isso criamos os horários estendidos.”

Situação semelhante foi verificada na unidade básica de saúde do bairro São Cristóvão, onde os idosos foram cerca de cem dos 180 vacinados até as 10h40min. Quase 50 pessoas aguardavam antes do início do expediente. De acordo com a enfermeira Cassiana Chemin, o atendimento foi feito em duas salas.

Uma delas destinada para idosos e portadores de doenças crônicas, outra, para gestantes, mães de recém-nascidos e crianças com menos de 5 anos. Segundo a profissional, a busca pela imunização antes do início da campanha chamou a atenção da equipe.

Alguns pedidos e ligações, afirma, iniciaram há 15 dias. Ela salienta a possibilidade de idosos acamados ou pessoas em tratamento médico também receberem a dose após contatos com a Secretaria de Saúde.

Atenção dobrada

Neste ano, Rodolfo Sulzach, 84, e a mulher, Vera, 82, tiveram ajuda da filha, Maria, 55, para manter o hábito de se vacinar contra a gripe. Até poucos anos, o idoso costumava dirigir até o posto de saúde durante a campanha.
Segundo ele, nunca houve reação adversa devido à aplicação do medicamento e a atenção deveria ser seguida por outras pessoas. “A questão de saúde é fundamental para eles”, resume a filha.

Ainda antes dos 50 anos, Nelci Sartori, 68, já procurava no medicamento uma forma de evitar complicações aos problemas respiratórios crônicos. Uma gripe durante a transição de estações, com mudanças de temperatura, poderia agravar as crises, comuns no período.

Em uma das últimas crises da moradora do centro, há cerca de duas semanas, precisou de internação hospitalar. “Sempre que consigo, eu faço. É melhor prevenir a ter problemas mais sérios.” Com medo de ficar sem a vacina para o filho Júnior, de 8 meses, Ruti do Nascimento, 29, aproveitou a queda do movimento para aplicar a imunização. Moradora do São Cristóvão, ela já havia feito a vacina durante a gestação e se surpreendeu com a circulação de mães e filhos na unidade.

Assim como Ruti, Cristina Martini, 26, buscava imunizar a filha, Emilly, 2, pelo segundo ano. Segundo ela, o procedimento é uma forma de prevenção importante devido à imunidade infantil. “Prefiro que ela tome a ficar doente. Nunca precisamos gastar com esse tipo de problema com ela, nos mantemos atentos ao controle de vacinas.”
Mortes chegam a 230

O Ministério da Saúde divulgou ontem os registros de H1N1 no país. Até sábado, um total de 1.365 infecções provocadas pelo subtipo do vírus influenza haviam sido contabilizadas, 34% a mais do que o indicado uma semana antes.

Mas a grande preocupação está no número de mortes. Foram contabilizados 230 óbitos em decorrência do vírus, quase 50% a mais do que o indicado na semana anterior. Representantes do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) da Fiocruz, um dos principais no estudo de casos de gripe no país, declararam ontem ver normalidade em comparação com as pandemias da doença neste ano e em 2009.

Doses disponíveis até esta semana

Anta Gorda: 800
Arroio do Meio: 2.000
Bom Retiro do Sul: 1.000
Boqueirão do Leão: 1.000
Canudos do Vale: 300
Capitão: 500
Colinas: 400
Coqueiro Baixo: 400
Cruzeiro do Sul: 1.000
Dois Lajeados: 500
Doutor Ricardo: 620
Encantado: 2.000
Estrela: 4.000
Fazenda Vilanova: 600
Forquetinha: 400
Ilópolis: 600
Imigrante: 400
Lajeado:10.600
Marques de Souza: 600
Muçum: 600
Nova Bréscia: 500
Paverama : 600
Poço das Antas: 400
Pouso Novo: 400
Progresso: 800
Putinga: 600
Relvado: 760
Roca Sales: 1.200
Santa Clara do Sul: 800
Sério: 630
Taquari: 3.000
Teutônia: 3.000
Travesseiro: 400
Vespasiano Corrêa: 660
Westfália: 830

Fonte: 16ª Coordenadoria Regional de Saúde

Acompanhe
nossas
redes sociais