Instalados em caráter de teste desde o fim de 2014, os contêineres deveriam facilitar a coleta de lixo, mas geram transtornos.Usuários deixam de separar e pôr o lixo em sacos, causando mau cheiro nas proximidades.
Um contêiner está instalado na rua Capitão Schneider, bairro Canabarro. Comerciante faz 11 anos, Nelci Machado Franceschi, 43, relata os problemas no local. “Eles soltam as coisas misturadas ou sem estarem nos sacos.” A informação é reforçada pela vendedora de uma loja esportiva, Kelli Kemper, 20. “Às vezes o lixo fica no fundo por muito tempo. O cheiro é forte.”
Na rua Tiradentes, os contêineres localizados em frente à escola Reynaldo Affonso Augustin tiveram de ser transferidos para a rua ao lado, na Dom Pedro II. Conforme o supervisor Ismael Garcia, 41, até sofá era deixado no local, prejudicando a imagem do educandário. “Ninguém quer lixo perto de casa. Daí tocavam aqui,” lamenta.
Garcia costuma averiguar a situação do contêiner e recolher materiais impróprios. Ontem à tarde, por exemplo, ele ajuntou duas lâmpadas fluorescentes. “Esses objetos possuem mercúrio. Precisam ser descartados de maneira correta.”
“Serviço é satisfatório, mas falta conscientização”
Conforme o secretário da Agricultura e Meio Ambiente, Luiz Fernando Rückert, sete contêineres foram instalados nas áreas centrais e em Linha Harmonia após pedidos da comunidade. Empresa responsável pelo trabalho é a Engesa Engenharia e Saneamento Ambiental. Ela recolhe os entulhos até três vezes por semana. A limpeza dos contêineres é realizada de “acordo com a necessidade”, segundo Rückert.
Ele destaca que os trabalhos são satisfatórios, mas lamenta a falta de conscientização. “Em alguns lugares o descarte funciona. Mas têm outros que o pessoal destina lixo incorreto, até restos de entulhos de obras.” O secretário pede a colaboração das pessoas na hora de descartar o lixo. Destaca a necessidade de ensacolar os materiais e respeitar os dias da coleta seletiva do lixo seco e orgânico.
