Skate for a Chance promove a cidadania

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Skate for a Chance promove a cidadania

Voluntários pretendem ensinar manobras e conceitos humanistas para crianças carentes

Skate for a Chance promove a cidadania
Lajeado

Todo dia à tardinha, a pista de skate do Parque dos Dick é o ponto de encontro de diversas classes sociais. O crescimento de crianças e jovens em vulnerabilidade social em torno das rampas despertou o interesse de um grupo de voluntários.

Eles criaram o projeto Skate for a Chance, que começa no domingo, a partir das 17h. A proposta de inclusão de menores moradores da região conhecida como “Cantão do Sapo” é de usar o skate como ferramenta para ensinar conceitos de cidadania.

Segundo a voluntária, Úrsula Rücker, 25, a ideia é acolher os menores para que possam participar de oficinas e debates acerca das condições sociais. “O skate é um estilo de vida e age solidariamente”, diz.  Úrsula conta que nas rodas de conversas as crianças participam e demonstram interesse no convívio com skatistas.

Temas como sociologia, arte, música e debates que abordam o uso de drogas e direitos e deveres norteiam os bate-papos. “São carentes de humanidades e precisam de confiança e bons exemplos.” O projeto ganha força e a meta agora é atrair mais voluntários que possam ministrar oficinas de grafite, culinária, alongamento e conceitos de sociedade, de convívio em grupo. O curso de skate gratuito será toda semana.

Segundo a voluntária Mariana Schulz das Virgens, a intenção é despertar no jovem o interesse em reivindicar a participação dele na sociedade. “Para que enfrentem com clareza a complexidade da vida.”

O grupo realiza atividades recreativas. De acordo com a estudante Sabrina Andrade Dropa, 19, no início, os menores eram retraídos e depois de receberem espaço mostraram talento e uma capacidade de diálogo e mudança. “Ao invés de marginalizar, devemos acolher, sem opressão, nem julgamentos.”

Falta de material

Os organizadores e voluntários informaram o Executivo sobre o projeto. Pedem aos interessados em colaborar que compareçam neste domingo, às 17h, no Parque dos Dick. O grupo precisa de materiais com pranchas, rodas, ‘truks’ e outros utensílios do skate, ou mesmo, da doação dos ‘carrinhos’ para que possam ser usados nas aulas.

O projeto desperta interesses coletivos, que independem da interferência do Estado. Para a voluntária Úrsula, é um trabalho de socialização. “O importante não é querer ser o cara do microfone. Não existe o mestre e o aluno. O aprendizado é coletivo”, finaliza.

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