Após suspeita de surto, Estado libera 600 vacinas ao presídio

Lajeado

Após suspeita de surto, Estado libera 600 vacinas ao presídio

Aplicação das doses nos detentos iniciou ontem e segue até o dia 18

Após suspeita de surto, Estado libera 600 vacinas ao presídio
Lajeado
oktober-2024

A Secretaria Municipal da Saúde (Sesa) iniciou ontem a vacinação no Presídio Estadual de Lajeado. A medida ocorre após 83 presos e dois agentes apresentarem sintomas de gripe A.

Ao todo, a Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) disponibilizou 600 doses da vacina, que serão aplicadas nos detentos e funcionários.

A vacinação no estado está prevista para iniciar no dia 30, entretanto, o risco de que o vírus H1N1 se espalhe na população fez com que a imunização iniciasse mais cedo no presídio. Além disso, as visitas estão suspensas, inicialmente, até domingo, 17. A vacina leva de 15 a 20 dias para fazer efeito após ser aplicada.

A previsão da Sesa é que a imunização total seja feita no máximo até segunda-feira, 18. Os pacientes recebem tratamento no próprio presídio, apenas casos mais graves são encaminhados para a UPA. A secretaria não informou quantos foram tratados na unidade.

Nessa quarta-feira, as visitas foram suspensas para evitar a disseminação do vírus. Segundo o secretário da Saúde Glademir Schwingel, isso deve seguir até a próxima semana. De acordo com ele, o surto dura entre sete e dez dias.

Sindicato quer interdição do presídio

No mesmo dia em que as visitas foram suspensas, o presídio de Lajeado recebeu um novo pedido de interdição. Ele foi protocolado pelo presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul (Amapergs-Sindicato), Flávio Berneira, no fórum da cidade.

A solicitação deve ser encaminhada para a análise do Ministério Público (MP) antes da decisão do juiz Paulo Meneghetti. O pedido da Amapergs se baseia na superlotação e na falta de agentes para atender a população carcerária do local, sem qualquer ligação com o surto de gripe que suspendeu as visitas.

Embora não seja novidade, a interdição do presídio é uma possibilidade remota de acordo com o presidente do Conselho Popular de Assistência ao Preso, Miguel Feldens. Na última reunião do conselho, Feldens destacou que a medida serve mais para “chamar a atenção” das autoridades para a situação do local.

Segundo ele, os juízes tendem a não acatar esse tipo de solicitação devido à situação do sistema prisional do estado.
Projetado para receber 122 presos, o presídio de Lajeado tem hoje 362. Hoje 37 agentes fazem a vigilância no local. Segundo Berneira, com a população carcerária dentro do previsto, deveriam ser 60. Na semana passada, sete detentos fugiram do local em menos de 11 horas.

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