Linha de transmissão pode melhorar sistema

Vale do Taquari

Linha de transmissão pode melhorar sistema

Obra é prioridade do Plano Energético do RS

Linha de transmissão pode melhorar sistema

O impasse para a construção da linha de transmissão entre Lajeado e Garibaldi pode estar próximo de terminar. Em visita ao estado, o gerente-executivo do Operador Nacional do Sistema (ONS), Manoel Botelho, confirmou a realização de um novo processo licitatório para a obra.

A construção é uma das prioridades do Plano Energético do RS. Sequer iniciada, a nova linha era prevista para ser entregue no primeiro semestre deste ano. Hoje, o Vale do Taquari tem apenas uma ligação com o sistema nacional, entre Lajeado e Nova Santa Rita, com capacidade para 230 kilowatts.

Botelho alerta para a gravidade da situação. Em caso de pane, a região ficaria às escuras. Segundo ele, existe possibilidade de cortes devido à sobrecarga ou subtensão, especialmente no verão. Ressalta ainda a redução na confiabilidade do atendimento às cargas nos arredores de Lajeado.

A licitação é necessária devido a uma declaração publicada no dia 3 de março, definindo a caducidade da concessão outorgada à empresa MGF, vencedora do primeiro processo. O secretário estadual de Minas e Energia, Lucas Redecker, defendeu a imediata realização do processo.

Segundo ele, é importante deixar a concorrência atrativa de modo que haja companhias interessadas realizar as obras. A expectativa é concluir a licitação ainda Neste ano. Porém, a entrada em operação deve ocorrer somente em 2021.

Problemas com empresa

Redecker afirma que a segunda ligação para o Vale do Taquari esbarrou em problemas com a empresa vencedora do leilão realizado pela Eletrosul.

Conforme o secretário, desde o início especialistas questionavam a viabilidade econômica da obra, devido ao alto custo e baixo retorno ao investidor. Sem cumprir nenhum prazo, a MGF foi descredenciada do processo. O conjunto de obras compreende a linha de 47 quilômetros de extensão entre Garibaldi e Lajeado, e outra linha, com 16,4 quilômetros dentro de Lajeado. A capacidade de transmissão é de 160 megawatts.

Também estão incluídas duas subestações de energia, sendo uma em Lajeado e outra na Serra Gaúcha, e uma linha com 49 quilômetros de extensão entre Candiota e Bagé.

Medidas emergenciais

Também em março, uma reunião entre ONS, CEEE-GT, Eletrosul, RGE, Certel, AES Sul e a Empresa de Pesquisa Energética debateu medidas para evitar problemas no abastecimento.

Na ocasião, a AES Sul informou a necessidade de instalar um transformador provisório de 230/69 kilowatts na Subestação Lajeado 2 e outro na Subestação Venâncio Aires, além de recapacitar a linha de transmissão entre as duas subestações de Lajeado.

A CEEE-GT, companhia estatal para geração e transmissão, afirma ter condições de disponibilizar até quatro unidades reservas regionais desse tipo de transformador, o que seria suficiente para atender as necessidades provisórias necessárias.

Conforme Botelho, a empresa pública detalhará os prazos necessários para o início das instalações. “Antes é preciso que a AES Sul e Certel caracterizem adequadamente os maiores fluxos previstos nessas instalações.”
Segundo ele, também é preciso verificar se as medidas trarão o fôlego necessário até a entrada

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