Observar a procedência e validade dos alimentos é um hábito usual da maioria dos brasileiros. Outro elemento importante é a embalagem dos produtos.
O risco delas e a responsabilidade das empresas foram abordados ontem, em palestra da supervisora de Vendas da SGS Brasil, Adriana Moreira.
Durante o evento, realizado na Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), Adriana detalhou as regulamentações da Anvisa no uso de embalagens e os cuidados da cadeia de produção. Ela explicou os detalhes da chamada migração, quando a embalagem interfere diretamente no produto.
“Migração é toda a substância que pode ser transferidas da embalagem para o produto. Então se a embalagem não for segura essa migração pode ser acima do permitido pela lei e ser um problema no futuro”, esclarece Adriana. As principais orientações da Anvisa são em relação aos elementos presentes nas embalagens que possam afetar a saúde dos consumidores.
Adriana enfatizou a importância de os produtores de alimentos estarem a par das regras da Anvisa tanto quanto os fornecedores de embalagens. “A indústria alimentícia está preocupada com o produto dela, e muitas vezes a embalagem acaba ficando pelo fabricante. Mas na verdade todo mundo é corresponsável por isso”.
Essa cadeia de responsabilidades ocorre em razão da determinação da Anvisa, que controla todos os elementos que entram em contato direto com alimento. Dessa forma, além das embalagens, os equipamentos utilizados no manuseio da comida também são fiscalizados pelo órgão.
Consumidor tem poucos recursos para se proteger
Apesar de uma legislação baseada em países europeus, o consumidor brasileiro tem dificuldades de se proteger de embalagens nocivas à saúde. Em entrevista para A Hora, Adriana avaliou o mercado brasileiro e como o consumidor pode se proteger na hora de comprar um alimento industrializado.
