A UPA, no bairro São Bento, teve as janelas frontais danificadas por um acompanhante que esperava atendimento a uma criança. O fato aconteceu ontem de manhã.
Segundo a coordenadora da UPA, Franciele dos Santos Dutra, a criança estava acompanhada da mãe e de um homem que não sabe precisar o grau de parentesco da paciente. Ela afirma que a menina deu entrada com febre.
“A criança não deixou de ser atendida em nenhum momento. Foi feito triagem e ela foi acolhida pelo enfermeiro, que verificou os sinais. Dez minutos depois, foi medicada e conforme orientação médica deveria aguardar a reavaliação para ir embora.”
A coordenadora reconhece que a unidade está operando com lotação máxima nos últimos dias e reforça que os quatro médicos estão sempre em atendimento. “A demanda vai aumentar conforme vai chegando o inverno”, justifica.
Franciele conta que no momento em que aguardavam o atendimento, esse acompanhante ficou agitado e perguntou à recepção se demoraria. “Ao saber que deveria aguardar um pouco mais, deu dois socos na porta e perguntou novamente. A moça reafirmou que deveria aguardar, então, ele saiu para rua e quebrou as duas janelas das salas de acolhimentos.”
Para a coordenadora, ele não deveria ter levado a criança embora. O procedimento nesses casos é de registrar uma conduta. “Se um familiar evade com uma criança precisamos avisar o Conselho Tutelar e foi o que fizemos.”
Esta é a primeira vez que acontece um fato envolvendo depredação de patrimônio. A coordenadora afirma que é preciso aguardar o protocolo de prioridades que é norteado por cores de emergência. “Então o paciente azul pode demorar até quatro horas de espera. O código verde, duas horas.”
Crítica aos atendimentos
Por volta das 15h de ontem, a UPA estava lotada. Cerca de 60 pessoas aguardavam atendimento na sala de espera e na rua. Os quatro médicos estavam na unidade. A reclamação de alguns pacientes diz respeito à qualidade do atendimento e à demora.
Uma idosa do bairro Bom Pastor disse que chegou às 11h e que só foi atendida às 15h20min. “Um abuso. Não almocei ainda e estou me sentindo mal.”
Uma outra senhora que dividia o táxi de volta para casa também reclamou. “Nos tratam pior que bicho. São estúpidos com a gente”, queixa-se.
