O cabelo volumoso, a maquiagem pesada e o timbre memorável chamam atenção quando Kelly Carvalho sobe ao palco.
Entoando as conhecidas estrofes “They tried to make me go to rehab but I said ‘no, no, no’”, ela “encarna” Amy Winehouse. Ao lado do conjunto Mr. Soul Band, a artista integra o tributo à diva britânica.
A banda se apresenta na edição do mês de abril do Pratas da Casa Acústico, no Sesc Lajeado. O evento ocorre dia 13, quarta-feira, às 20h. Os ingressos antecipados devem ser retirados no local do show, mediante a doação de um quilo de alimento não perecível em prol do Mesa Brasil. O repertório promete muito soul, jazz, blues e rock and roll.
Montar banda em homenagem a Amy era sonho nutrido há muito pelos irmãos Guilherme e Vinicius Escobar. A dupla não esconde a admiração. “Ela era artista completa”, opina. Além da voz incrível, tinha capacidade lírica e melódica. “Ainda estudou sozinha e conhecia bem a escala musical”, ressaltam os irmãos.
Ao conheceram Kelly, a identificação foi imediata. Os traços da cantora lembravam muito a diva. Para completar, a artista tem contralto (tipo de voz mais baixa e pesada), assim como Amy. Então, em maio de 2015, surgiu a Mr. Soul Band, formada por Kelly (voz), Guilherme (baixo), Vinicius (guitarra), Fabiano Giongo (bateria), Lucas Horn (teclado e sopro).
A vocalista virou marca registrada da Mr. Soul Band. “Fãs da Amy me procuram para agradecer o trabalho feito quando interpreto-a e canto suas canções.” Kelly ainda relembra uma história especial. No término de um show, uma das pessoas do público a procurou para contar que seu sonho de ver um show de Amy estava realizado. Para Kelly, o reconhecimento é impagável. “Sou muito fã de Amy e levar seu nome adiante é um prazer.”
Para conhecer mais
Neste ano, ocorreu lançamento do documentário Amy, dirigido por Asif Kapadia. No longa, além dos relatos da diva, também falam amigos, colegas músicos e familiares. O filme venceu o Oscar como Melhor Documentário de 2016.
Segundo Kelly, Amy tinha vícios e não foi forte o suficiente para administrar a fama.
“Com este documentário, a mídia e as pessoas que a massacraram e julgaram podem conhecer sua verdadeira história.” Para ela, a artista tinha grande potencial musical, além de ser uma pessoa carinhosa com todos à sua volta.