Professores protestam contra atos do governo

Lajeado

Professores protestam contra atos do governo

Parcelamento de salários pode causar greve

Professores protestam contra atos do governo
Lajeado
oktober-2024

Manifestação contra o novo parcelamento reuniu cerca de cem pessoas no centro na sexta-feira de manhã. A convocação do 8º núcleo do Cpers integra uma agenda de manifestações prevista para este mês.

As reivindicações da categoria também se referem à criação de um plano de carreira, o congelamento dos salários e alterações na atual configuração do IPE.

De acordo com o coordenador-geral do 8º núcleo, Oséias Souza de Freitas, a categoria está estarrecida com o posicionamento do governo estadual. “O governador está se mostrando surdo diante das demandas da classe”, comenta.

Segundo Oséias, a mobilização foi aprovada na assembleia geral dos servidores públicos estaduais, ocorrida no dia 18 de março, em Porto Alegre.

O ato dessa sexta-feira foi marcado pela presença de professores e funcionários de escolas de Canudos do Vale, Taquari, Santa Clara do Sul e Cruzeiro do Sul. Também participaram alunos das escolas Érico Veríssimo e Presidente Castelo Branco, representantes do Sindicato de Professores Municipais de Lajeado (SPML) e do DCE da Univates.

Outro protesto ocorre nesta quarta-feira, 13, quando um grupo local vai à capital. Um novo posicionamento, incluindo a possibilidade de greve, será discutido pela categoria durante uma nova assembleia que deve ocorrer no fim do mês.

Contestação

De acordo com a professora aposentada Sandra Karfiuk, falta cuidado com as políticas públicas educacionais. Para ela, o estado precisa de um gestor que devolva a rede gaúcha de educação um status prioritário.

Segundo Sandra, não é apenas pelo salário que os professores protestam. É também, destaca, pela redução gradual na quantidade de professores e funcionários, e pela precariedade crescente da infraestrutura da escolas.

Apoio crescente

Um dos destaques da manifestação foi a adesão de alunos das escolas estaduais locais. De acordo com o presidente do Grêmio Estudantil do Castelinho (GEC), Erick Kappes, 16, o ato foi uma aula prática de cidadania.

Para ele, mesmo com a crescente procura de colegas por informações a respeito das reivindicações do professores, é preciso que os jovens se interessem ainda mais. “Essa situação pode piorar, por isso, precisamos nos interessar, saber mais, para podermos apoiar quando for necessário”, pondera.

Segundo o jovem, a consciência sobre o papel político-social do estudante é resultado do diálogo dentro do ambiente escolar. “O jovem de hoje é o adulto de amanhã, o estudante de hoje é o profissional de amanhã”, conclui.

Acompanhe
nossas
redes sociais