O governo municipal errou na publicação de um edital que deveria servir só para compra de peças. Ao colocar a “mão de obra e a manutenção” de veículos dentro do objeto da licitação, o Executivo acabou realizando uma concorrência igual a outra já homologada. Diante disso, o documento será revogado e será lançado um novo nos próximos dias para garantir o conserto de um caminhão Ford.
A confusão gerou comentários na câmara de vereadores, durante sessão nessa quarta-feira. O vereador João Henrique Dullius (PMDB) afirmou que vem sendo cobrado a respeito do paradeiro do caminhão Ford da prefeitura. “Não se vê mais esse veículo rodando. O que houve que não está trabalhando?”, questiona.
Segundo o secretário de Administração, Leandro Luis Johner, o caminhão foi levado do Parque de Máquinas na quinta-feira da semana passada pela empresa Adilson Lemos, que venceu o edital correto – homologado em março – para manutenção de maquinário pesado. “O veículo ainda não foi consertado, e está aguardando a compra das peças necessários para o conserto”, informa.
Johner admite o erro na licitação das peças, mas afirma que as propostas encaminhadas pelas empresas concorrentes já não levaram em conta a “mão de obra”. “Eles encaminharam só os valores das peças. O que houve foi um erro nosso na hora de descrever o objeto. Antes disso, havíamos lançado um edital para compra de peças, que foi revogado, pois faltavam alguns itens. Nesse, o objeto estava correto.”
Enquanto o novo edital não for homologado, o caminhão ficará parado na sede da empresa Adilson Lemos, aguardando as peças necessárias. O secretário garante que os serviços de manutenção ainda não foram realizados. A compra das peças deve custar cerca de R$ 20 mil aos cofres do município.
Manutenção dos caminhões
A empresa Adilson Lemos é responsável pela manutenção de toda frota de máquinas pesadas da administração municipal desde 2013. Ela venceu os processos licitatórios naquele ano, e também em 2014, 2015 e 2016.
O valor cobrado pela hora de serviços prestados aumentou desde então. Em 2013, era de R$ 19,70. Um ano depois, passou para R$ 28,30. Em 2015, o valor orçado era de R$ 48 a hora. Neste ano, o edital de licitação previa até R$ 52.
