Direção debate obra com comunidade

Teutônia

Direção debate obra com comunidade

Excesso de umidade dificulta construção da primeira quadra coberta da escola Augustin

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A construção de uma quadra coberta na Escola Estadual de Ensino Médio Reynaldo Affonso Augustin, iniciada faz duas semanas, atende uma reivindicação de mais de 40 anos.

O avanço do serviço, no bairro Canabarro, no entanto, depende da solução de problemas de infiltração do terreno. Nos próximos dias, o tema deve ser debatido entre comunidade escolar, poder público e vizinhos da escola. Ao todo, serão investidos R$ 450 mil no complexo de 518 metros quadrados.

A professora aposentada Antônia Boungratz atuou na escola entre 1970 e 2000 e acompanhou parte das mobilizações pela quadra. Durante o período como educadora, afirma, a falta de espaço adequado para recreação e prática esportiva era um desafio à equipe.

Depois do tempo de trabalho no educandário, acompanhou a rotina dos netos no local e os transtornos causados pela limitação de espaço. Na avaliação dela, a construção é uma conquista importante para a comunidade. “A escola sempre precisou de mais espaço e não tínhamos. Era muito difícil, mas tínhamos que trabalhar com que estava disponível. É um sonho. Esta quadra vai atender muito bem esta necessidade.”

Para Odila Feile, 76, diretora da escola na década de 1980, a falta de espaço e infraestrutura da escola foi agravada com o crescimento do educandário, a partir de 1986. De acordo com ela, já na época, mobilizações envolvendo a comunidade tentavam arrecadar recursos para a construção, mas as ações eram insuficientes devido ao tamanho da obra.

Uma das medidas para amenizar a demanda foi a demarcação de uma quadra improvisada nos fundos da escola, local onde hoje é construída a quadra. Além da antiga demarcação, outra seria adaptada no espaço entre dois prédios.

O projeto é elogiado pelo diretor Carlos Haas. Segundo ele, o investimento qualifica a infraestrutura da escola, considerada uma das maiores da região, com mais de mil alunos. Além do serviço, salienta a nova fachada, feita no início do ano, e a participação popular na rotina escolar.

Apesar dos investimentos recentes, o local apresenta demandas como a necessidade de aparelhos de ar-condicionado nas salas de aula, cujo custo é considerado alto. Outra necessidade é a melhoria no telhado construído entre dois prédios. Com problemas na instalação, algumas salas próximas e o espaço de recreação são afetados durante os dias de chuva.

Alternativas para angariar recursos para os projetos são rifas e programações em parceria com a Associação de Pais, Professores, e Colaboradores (APPAC). De acordo com Haas, o ideal seria uma participação mais ampla da comunidade “É uma contribuição pequena de cada um e uma colaboração importante para todos. É um tipo de recurso que auxilia em tudo.”

Para CRE, obra era obrigação

Na avaliação da coordenadora-adjunta da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Greicy Weschenfelder, o investimento era um dever do Estado. Investimentos similares estão sendo feitos na escolas Guararapes, em Arroio do Meio, e Jacob Arnt, em Bom Retiro do Sul.

De acordo com ela, as quadras devem melhorar o ensino e dar mais segurança aos alunos. “Com a conjuntura toda do estado, é algo salutar. Vai melhorar ainda mais o trabalho feito na escola. Ela é uma referência.”

Ela elogia a mobilização da comunidade para auxiliar a escola e salienta a possibilidade de empresas colaborarem pelo Programa Escola Melhor, Comunidade Melhor. Na região, afirma, poucas escolas e empresas aderiram à iniciativa.

Quanto à infiltração, Greicy salienta o acompanhamento de engenheiros da Coordenadoria Regional de Obras. Representantes do órgão, afirma, têm mantido contato com o poder público local e com a escola para auxiliar na solucão. Apesar do problema, descarta a paralisação dos serviços.

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