A compra ou o aluguel de objetos que ajudam na recuperação de fraturas, luxações e doenças cujas consequências são restrições motoras é algo que ainda não está ao alcance de todos.
Com base nessa consideração, foi criado o Banco Ortopédico do Rotary Club no município. O projeto, aberto no dia 21 de março, empresta equipamentos que ajudam na recuperação de algumas enfermidades.
A iniciativa faz um cadastro com os doentes, responsáveis ou representantes legais, e, mediante a apresentação de identidade, comprovante de residência e laudo médico comprobatório, libera o empréstimo, sem limite de tempo.
De acordo com a farmacêutica, Karine Kremer Tieze, representante do Rotary, a única exigência é de que a cada dois meses seja feito um contato para confirmação de uso.
O objetivo, indica, é auxiliar pessoas doentes, minimizando gastos e sofrimento. Entre os itens disponíveis, estão duas cadeiras de rodas, quatro pares de muletas, seis papagaios, seis comadres, quatro colchões piramidais, dois andadores, três tipoias e cinco cadeiras para banho, sendo uma para obesos.
Segundo Karine, o projeto segue o exemplo de entidades que já têm iniciativas semelhantes. A ideia, revela, começou a ser elaborada no começo do ano passado, mas a execução precisou ser adiada e só pôde ser colocada em prática no fim de março. “Em agosto organizamos o Baile dos Estados, dessa forma, arrecadamos o valor justamente para comprar os primeiros equipamentos”, diz.
Até agora, já foram investidos mais de R$ 6 mil e, conforme Karine, a ideia é aumentar o estoque aos poucos. Com a realização de eventos do Rotary que possibilitem a destinação de verba para o Banco Ortopédico, novos equipamentos devem ser comprados.
Oferta e procura
Um levantamento feito com dados do hospital e da rede de saúde pública municipal orientou a primeira compra de equipamentos. De acordo com Karine, foi identificada uma carência na disponibilidade de material no município.
Para ela, o serviço atende uma demanda local que era difícil de ser sanada, em virtude do alto custo desse tipo de utensílio. “Nós começamos a conversar sobre isso, e percebemos que precisava mesmo, dessa forma resolvemos implementar a ação”, relata.
Segundo Karine, os primeiros objetos emprestados foram as cadeiras de rodas, mas os papagaios, comadres e colchões piramidais também têm boa saída. O objetivo do projeto, revela, é que o serviço chegue ao maior número de pessoas.
O sucesso da iniciativa, sugere, é garantido pela reação das primeiras pessoas que buscaram os utensílios. “Todos ficam muito gratos, felizes mesmo, quase nem acreditam que não precisa pagar”, conclui.