Polícia Civil determina estado de greve

Vale do Taquari

Polícia Civil determina estado de greve

Parcelamento e falta de efetivo ocasionam reação. Agentes prometem reduzir serviços

Polícia Civil determina estado de greve
oktober-2024

Os policiais civis do Vale decidiram entrar em estado de greve e suspender operações especiais até que o governo do Estado regularize o pagamento dos salários. A decisão foi tomada ontem à tarde, em assembleia que reuniu cerca de 35 servidores, representando 16 municípios da região.

O atendimento à população seguirá normal nas delegacias, entretanto, operações especiais e ações fora do horário não serão realizadas. De acordo com a vice-presidente regional do Sindicato da Polícia Civil (Ugeirm), Magda Lopes, além do parcelamento do salário em nove vezes, o que atingiu todos os policiais da região, o governo ainda deve as horas extras.

Afora os atrasos nos pagamentos, o sindicato ainda reclama do déficit no efetivo policial. Magda ressalta que, das 16 cidades com delegacia, nove têm apenas um policial. Em todo o estado, segundo o Ugeirm, 650 policiais aprovados no concurso de 2014 ainda esperam por nomeação.

Uma grande mobilização está prevista para ocorrer em Porto Alegre, mas ainda não há data marcada. Com a definição do estado de greve, não será necessária uma assembleia da categoria para que a Polícia Civil pare totalmente as atividades nas próximas semanas. Sem sinalização por parte do governo do Estado em colocar os vencimentos do funcionalismo em dia, a possibilidade de uma paralisação se torna bastante plausível.

Categoria contra o Piratini

Desde o primeiro anúncio de parcelamento de salários ainda em 2015, o governo do Estado enfrenta a resistência dos servidores públicos. A informação de que a folha de março seria paga em nove parcelas causou uma série de reações por parte dos setores públicos. A decisão tomada pelos policiais civis ontem vai ao encontro das manifestações previstas pelo Cpers sindicato.

Tanto professores como policiais já preparam protestos em Porto Alegre para cobrar do governo o pagamento integral dos salários. Como resposta, o governo deve anunciar medidas e novos cortes nesta sexta-feira, 8. O Piratini busca uma economia de R$ 4 bilhões para os próximos meses, já que o aumento do ICMS, aprovado no ano passado, não resolveu a saúde financeira dos cofres públicos.

Os professores do Vale realizam uma caminhada e protesto em Lajeado nesta sexta-feira, 8. A concentração ocorre a partir das 10h em frente ao Posto Faleiro e deve reunir representantes de 30 cidades da região.

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