Uma iniciativa do grupo Juventude Santa-Clarense prevê o recolhimento de lixo às margens do Arroio Saraquá, situado no centro, neste fim de semana.
A ação começa às 8h de domingo, partindo de dois pontos distintos do afluente. De acordo com um dos organizadores, Vanderson Stoll, os pontos de encontro serão na rua Padre José Afonso Weiler, via de acesso à empresa Artefatos de Cimento Wickert, e na rua José Francisco Allgayer, ao lado do Clube Esportivo.
Os integrantes de ambos os grupos caminharão pelas margens do córrego em direção ao centro, até o local de encontro, que fica nas proximidades da Calçados Beira Rio.
O evento, criado no Facebook, traz mais informações referentes à iniciativa “Limpeza do Arroio Saraquá”. Quem quiser participar é orientado a usar calça comprida, sapato fechado e luvas. A organização vai disponibilizar varas com ganchos para facilitar a coleta dos materiais. Em cada grupo, haverá uma pessoa responsável por abrir caminho, dando mais agilidade à caminhada.
Os coordenadores da atividade esperam reunir cerca de 30 pessoas. Todo material recolhido passará por uma triagem antes de receber a destinação correta.
Conforme Stoll, a medida busca identificar os principais poluidores do Arroio Saraquá, servindo de base para a elaboração de uma estratégia mais eficaz diante de uma provável segunda edição do mutirão, prevista para o início do próximo ano.
Conscientização
Segundo os organizadores, a ideia de reunir um grupo e recolher o lixo do córrego surgiu em uma roda de conversa entre amigos. “Vimos ações semelhantes em outros municípios, então, decidimos fazer a nossa parte aqui também”, cita Stoll ao dar ênfase à necessidade de conscientização da comunidade para a importância do afluente.
“Sabemos que a limpeza não resolverá os problemas com poluição. Mas com o ato buscamos despertar a ideia de cuidado com esse afluente tão importante para a cidade.” De acordo com a industriária Lidia Klein, que mora em uma área próxima ao arroio faz mais de dez anos, a iniciativa é louvável.
Para ela, se todos cuidassem e respeitassem o ambiente, não seria necessário realizar esse tipo de ação. “Mas já que tem gente que não cuida pessoas que são bem intencionadas é que precisam se sacrificar”, lamenta.
Ela lembra que em alguns pontos do Saraquá existia uma grande quantidade de peixes como lambaris, cascudos e joaninhas. Mesmo que ainda seja possível pescar em alguns lugares, destaca, o lixo acabou fazendo com que a fauna local diminuísse. “Infelizmente não é mais a mesma coisa”, conclui.
