Voluntários retiram quatro toneladas de lixo

Vale do Taquari

Voluntários retiram quatro toneladas de lixo

Mutirão do Viva o Taquari Vivo ocorreu no sábado de manhã em seis cidades do Vale

Voluntários retiram quatro toneladas de lixo
oktober-2024

O 9º ano do Viva Taquari Vivo teve participação de 625 voluntários que juntaram 4,2 toneladas de resíduos das margens do Rio Taquari.

Sofás, pneus, computadores, garrafas plásticas e infectantes foram alguns dos itens encontrados. A quantidade foi cerca de 500 quilos menor do que a recolhida em 2015. Entre o número de participantes, foram oito pessoas a menos do que no ano passado.

Nesta edição, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari-Antas aderiu ao projeto tornando a maior bacia do estado – com 120 municípios – uma parceira na ação que atinge 1,3 milhão de pessoas, segundo o presidente Julio Cesar Salecker.

“Nem todas as cidades têm o acesso direto ao rio, a maioria é banhada por pequenos arroios, mas já vale a ação”. Em 2016, 25 cidades da bacia hidrográfica tiveram atividades de conscientização e limpeza.

A cada ano, o tipo de lixo se modifica. Na primeira, resíduos de construção predominaram. Depois, foi a vez dos sofás e pneus. Em 2009, garrafas de bebidas eram os objetos mais encontrados.

No sábado, as primeiras cargas chegaram meia hora depois do início da ação, na carroceria de uma pick up. Vários pontos com lixo foram encontrados contendo plásticos, roupas, metais. Em algumas caixas, haviam seringas que foram descartadas na barranca do rio. Elas estavam ainda nas caixas.

A bióloga Cátia Viviane Gonçalves ressalta a participação dos escoteiros que realizaram intervenções na cidade e afirma que a atitude de recolher o lixo é mais simbólica do que prática. “O sonho é de chegar um dia e realizar ações na beira do rio sem precisar recolher lixo.”

De acordo com o coordenador da Defesa Civil Ricardo Accioly Gerhard, a mensagem passada vale mais que o próprio recolhimento. “Penso que 90% do projeto é a parte lúdica, que nos faz refletir sobre nossas atitudes.” Gerhard lembra que na última edição uma arma de fogo foi recolhida.

Algumas ações foram realizadas no centro de Lajeado. Para os participantes da Primeira Igreja Batista de Lajeado, a roupa de lixo que vestiram para sair pelas ruas do centro serviu para informar as cores certas da reciclagem.

A estudante Ana Julia Sulzbach, 14, distribuiu panfletos para conscientizar sobre a separação do lixo. Bruna Sippel, 15, afirma que os trabalhos em sala de aula continuam depois. “Ao recolher, a gente pensa nas pequenas coisas que pode fazer para diminuir a poluição.”

Análise da água

Bolsistas retiraram amostras para um projeto de pesquisa feito em parceria entre Univates e Universidade Regional Integrada de Erechim. O Projeto Determinação, Detecção e Remoção de Micropoluentes em Sistemas de Captação de Águas Superficiais e Efluentes iniciou em julho de 2014.

A coleta contou com o apoio da Patram. Segundo o bolsista Daniel Kuhn, é preciso um método para analisar micropoluentes. Cinco professores e quatro bolsistas participaram da ação. Lucelia Hoenen, coordenadora-geral do projeto, afirma que a qualidade das águas está de acordo com os parâmetros normais.

A estrutura química dos fármacos é difícil de ser degradada. O projeto prevê o desenvolvimento de um reator que utiliza irradiação ultravioleta para degradar esses componentes.

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