Pela 11ª edição, o Westfälische Tanzgruppe promove a integração entre grupos de dança. Por meio dos tradicionais jogos germânicos, realizados com sapato de pau, e festival de dança, garantiram a preservação da cultura alemã.
O Westfälische Tanzabend ocorreu nesse sábado, no Esporte Clube Fluminense, e atraiu 26 grupos do estado. Durante a noite, foram servidas cerca de 630 jantas e após teve show com a banda Arte Livre.
Os jogos germânicos abriram a programação com disputas em cinco modalidades. O diferencial da competição é que os atletas deveriam realizar as tarefas calçando o sapato símbolo da cidade.
Além de domínio na locomoção com o calçado, deveriam ter destreza em tarefas como debulhar milho, serrar lenha em dupla, batalha com sacos de retalhos e futebol.
Neste ano a organização preferiu premiar campeão e vice de forma geral, somando os pontos adquiridos em cada prova. O Lustige Volkstanzgruppe, de Forquetinha, foi o vencedor. O grupo folclórico Sankt Petrus, de São Pedro da Serra, garantiu a segunda colocação.
Juventude mantendo origens
Aos 21 anos, Ane Mariele Stiegemeier assumiu a presidência do Westfälische Tanzgruppe com objetivo de manter as tradições. Faz 11 anos que participa dos ensaios de danças. Durante este período, chegou a treinar músicas gauchescas, mas a cultura alemã pesou mais. “Faço isso desde a infância e amo a dança.”
Hoje o grupo conta com cerca de 120 pessoas, divididas em seis categorias, e realiza apresentações pela região. O festival de dança e os jogos germânicos são organizados a cada dois anos.
“Aos poucos foi aumentando o número de pessoas na equipe e a responsabilidade está cada vez maior. Mesmo assim, é gratificante saber que estamos preservando a história do nosso povo”, diz.
Retomada do campo
O objetivo dos jogos germânicos é mostrar à juventude as dificuldades do trabalho na agricultura em tempos antigos. Com base em relatos dos avós, as histórias dos primeiros imigrantes alemães foram contadas. A utilização do sapato de pau para as atividades no campo é a mais presente delas.
Além disso, debulhar milho com as mãos e serrar tronco em dupla demonstraram a dificuldade do serviço. O contraste anima os jovens que hoje auxiliam na produção primária com a otimização dos sistemas por meio de máquinas agrícolas.
