Para ficar na Série A: é tudo ou nada

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Para ficar na Série A: é tudo ou nada

Seis anos após o acesso à elite, Alviazul pode retornar para a divisão de acesso, onde padeceu de 1999 a 2010

Para ficar na Série A: é tudo ou nada

Após 17 anos, Lajeadense e Ypiranga voltam a se encontrar na última rodada do Gauchão. Neste domingo, às 16h, o time do Vale do Taquari não quer repetir a história de 23 de maio de 1999, quando voltou de Erechim rebaixado.

Com a exceção do meia Diego Miranda, lesionado, Serginho Almeida deve mandar a campo o mesmo time que empatou com o Veranópolis nessa quarta-feira: Paulo Henrique, Juninho Pavi, Luís Henrique, Edson Borges, Rodrigo Cardozo, Marabá, Reinaldo Silva, Alan Bald, Danilo Goiano, Erik e Murilo.

Mesmo com as condições adversas, Serginho está esperançoso. Em entrevista coletiva, afirmou que “precisa de um time mais rápido para ‘matar o Ypiranga no contra-golpe’.”

Sobre os demais adversários, também mostra confiança. “Não acredito que o Cruzeiro ganhe do Veranópolis lá e que o Glória vai reverter alguma coisa com o Internacional.”

O Lajeadense realiza mais um trabalho com bola neste sábado de manhã. À noite, viaja para Erechim, onde fica concentrado para a partida decisiva.

Ônibus para Erechim

A direção do Lajeadense disponibiliza dois ônibus para os torcedores assistirem à partida. Os interessados devem contatar pelo 3710-1911, com Ligia.

Como vem o adversário

Amilton Drewes, narrador da Rádio Difusão, de Erechim, relata que o Ypiranga está com sérios desfalques para domingo. Além do treinador Leocir Dall’Astra, expulso, quatro atletas que ele utilizava como titulares estão suspensos – Laerte, Robson, Carlão e Danilinho. Léo e Jessé estão machucados e serão avaliados somente antes do jogo.

Drewes relata que a equipe está em decadência na competição e aposta em um jogo muito disputado, mas a direção do Ypiranga prometeu premiação em caso de classificação à próxima fase. “Se o Lajeadense não tiver medo, tem uma grande chance de vencer aqui e escapar do rebaixamento”, afirma.

O narrador lembra do Gauchão de 2012, quando o Ypiranga enfrentou o Lajeadense, em Lajeado, necessitando vencer para fugir do rebaixamento. O time de Erechim saiu na frente, com gol de Thiago Duarte. A permanência na Série A durou pouco tempo, pois, aos 32 minutos da segunda etapa, o zagueiro Micael igualou o placar e confirmou o rebaixamento do Ypiranga.

Rebaixamento em 1999

Depois de conquistar a Copa Abílio dos Reis, em 1998, o Lajeadense teve o direito de disputar a Série A em 1999. A campanha daquele ano foi péssima. Na primeira fase, em dez partidas, o time somou apenas 5 pontos – dois empates e uma vitória. O destaque negativo daquela primeira fase foi a derrota para o Grêmio, por 8 a 0, no Olímpico, em Porto Alegre.

Na repescagem, o time não venceu. Em seis partidas, empatou cinco e perdeu uma, sendo rebaixado após empate em 1 a 1 com o Brasil, em Farroupilha. Como em 2016, a última partida daquele ano foi diante do Ypiranga, no Colosso da Lagoa, em Erechim.

Durante o campeonato, a dire­ção trocou duas vezes de treinador. Começou com Luiz Carlos Winck, que depois de três rodadas pediu demissão. Após, assumiu José Henrique Veiga. Faltando duas rodadas para o fim do certame, o centroavante do time, Renato Teixeira, dividiu a função de atleta com a de treinador.

“[…] tenho a certeza que vamos tirar o Lajeadense desta situação.”

Técnico da equipe, Serginho Almeida conta como está a preparação para a partida decisiva.

Jornal A Hora – Haverá mudanças da equipe que empatou com o Veranópolis?
Serginho Almeida – Por enquanto estou analisando os vídeos dos jogos do Ypiranga. Tenho que ver a situação do Miranda, também se ele vai conseguir atuar no domingo. Tem uma equipe na minha cabeça com ou sem o Miranda, mas vou esperar os últimos treinos para dar um veredito final.

O que tem que mudar para sair com o resultado positivo?
Almeida – Temos que fazer a bola entrar, manter a mesma postura do último jogo, manter a mesma personalidade com a bola no pé. Lá a palavra tem que ser coragem e atacar o Ypiranga, jogando no campo dele, mas o que não pode faltar é doação. A doação que os jogadores tiveram no jogo aqui contra o Veranópolis foi muito boa, se tivermos a mesma doação, tenho certeza que vamos tirar o Lajeadense desta situação.
A torcida pode acreditar na permanência na Série A?
Almeida – Tem que acreditar, eu acredito que vamos conseguir sair desta situação. O que demonstramos na quarta-feira já foi um parâmetro do que podemos fazer lá.

Em 1999, o Lajeadense voltou de Erechim rebaixado. Em 2012, o Ypiranga saiu rebaixado de Lajeado, como você analisa o fato? Isso pode interferir no jogo de domingo?
Almeida – Não, em nada. Na época, eram outros jogadores. Eu tenho que pensar no meu momento atual, temos que pensar na equipe, minha preocupação maior é ir para Erechim sem uma equipe competitiva. Vamos jogar diante de um belo adversário. O que vale será a imposição do momento. O passado é passado, tenho que projetar o futuro, e o futuro é pensar em manter o Lajeadense na Série A.

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