Oposição prepara abertura de CPI do PAC

Lajeado

Oposição prepara abertura de CPI do PAC

Cinco vereadores assinaram pedido de investigação sobre superfaturamento

Oposição prepara abertura de CPI do PAC
Lajeado

A bancada de oposição ao governo de Luís Fernando Schmidt pode anunciar, já na próxima sessão, a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para averiguar os gastos em pavimentações viárias por meio de recursos do PAC.

Conforme o Ministério Público Federal (MPF), há superfaturamento de 11% nos valores acordados entre município e consórcio de empresas formado pela Construtora Giovanella e a Coesul.

Ildo Salvi (REDE), Lorival Silveira (PP), Delmar Portz (PSDB), Carlos Ranzi (PMDB) e Adi Cerutti (PSD) já assinaram o pedido. O número de parlamentares já é suficiente para abertura inicial da CPI. Apesar disso, os proponentes ainda querem buscar mais apoio dentro do plenário para começar a investigação.

Salvi, que chegou a ser líder de governo pelo PT durante quase três anos da gestão do prefeito, é um dos idealizadores da medida. Ele também anuncia outros processos. “Queremos fechar o número de assinaturas para também instaurar uma CPI para averiguar os contratos de limpeza urbana”, informa o vereador.

Sobre esse tema, os parlamentares chegaram a assinar um pedido de abertura de comissão em junho de 2015. Na ocasião, seis dos 15 vereadores haviam assinado o requerimento organizado pelo Movimento Vem Pra Lua Lajeado, com intuito de investigar contratos firmados entre governo municipal e grupo de empresas formada pela W.K. Borges e a Mecanicapina, suspeitas de integrarem o chamado Cartel do Lixo.

O requerimento foi assinado por Mozart Lopes (PP), Círio Schneider (PP), Antônio de Castro Schefer (SDD), Djalmo da Rosa (PMDB), além de Ranzi e Portz. No entanto, uma semana após protocolar o pedido, Schefer e Djalmo da Rosa decidiram retirar as assinaturas do documento, evitando assim a abertura da comissão.

Sobrepreço do PAC

O MPF passou a investigar os supostos sobrepreços após denúncias do então secretário de Obras (Sosur), Adi Cerutti. Após utiilizar técnica conhecida como “diagrama de pareto”, a engenheira do MPF avaliou só R$ 16,3 milhões do total de R$ 18,5 milhões dos repasses da União previstos para o empreendimento. O inquérito não analisa os R$ 2 milhões de contrapartida do município.

Pela avaliação da engenheira, que comparou os custos do contrato com a tabela do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), o montante de R$ 16,3 milhões poderia ser reduzido a R$ 14,7 milhões, impactando assim em uma economia de até 11% nos valores orçados.

A assessoria jurídica da prefeitura solicitou novo prazo de 10 dias para encaminhar a defesa. Assim, tem até dia 12 de abril para se manifestar sobre o sobrepreço. E, até lá, todos os repasses de recursos por meio da Caixa Econômica Federal (CEF) para o consórcioempresas seguem suspensos.

Hoje, segundo a equipe de fiscalização da prefeitura, 60% do contrato já foi cumprido pelas empresas. A CEF já repassou 38% dos R$ 18,5 milhões acordados, dos quais R$ 1,7 milhão seguem bloqueados a pedido do MPF.

As melhorias ocorrem nas ruas Henrique Stein Filho; Arnoldo Uhry; Romeu Júlio Scherer; Eugênia Mello de Oliveira Kirchhen; Wilma Gertrudes Lottermann; Linus Lottermann; Waldemar Schosser; José Bonifácio; Bento Rosa; Pedro Petry; Av. Benjamin Constant e Av. Amazonas.

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