O antissemitismo é uma das características mais marcantes do nazismo, mas pouco se sabe sobre como o regime reagiu diante de homens que se relacionam emocional e sexualmente com outros homens.
Essa história é contada pela peça Os Homens do Triângulo Rosa, que será apresentada no teatro do Centro Cultural Univates, no dia 7 de abril, às 20h.
A história aborda a trajetória de locais onde os homossexuais perseguidos pelos nazistas, na Alemanha durante a década de 1930, eram concentrados. Isso tudo dentro de um contexto em que a ascensão do Terceiro Reich transforma profundamente a vida de homens que eram considerados aberrações.
Aprisionados em campos de concentração, onde a violência e a morte eram preocupações constantes, surgiram histórias de amor, esperança e sobrevivência. Dirigida por Margarida Peixoto, a peça produzida pela Cia Teatro ao Quadrado mergulha na temática da perseguição aos homossexuais que, como judeus, comunistas e deficientes físicos, foram perseguidos e acusados de serem responsáveis pelas mazelas do mundo.
Os Homens do Triângulo Rosa é a história do amor impossível entre dois prisioneiros de um campo de concentração, mostrando a violência sofrida por seres humanos que querem apenas viver livremente. O espetáculo recebeu o Prêmio Myriam Muniz de Teatro, concedido pela Funarte e pelo Ministério da Cultura.
A música ao vivo, executada ao piano, complementa a narrativa, que conta o drama de Max, preso e acusado de participar de um complô contra o Fuhrer. Ele é enviado a um campo de concentração, onde conhece Horst, um homossexual assumido.
Segundo o ideário de Adolf Hitler, os homossexuais eram considerados indivíduos de baixa categoria por não serem reprodutores da espécie, não contribuindo para a perenidade da “raça ariana”. O que justificaria a perseguição. Quem fosse preso ganhava um uniforme com um triângulo rosa costurado na altura do coração, símbolo que indicava o motivo da prisão.
A peça traz ao palco um tema atual, considerando a recorrência de casos de agressão contra gays, e a montagem busca justamente proporcionar a reflexão sobre o preconceito e a discriminação. Trata-se de um alerta diante do avanço da intolerância sexual.
Os ingressos podem ser adquiridos na Bilheteria do Centro Cultural. Para mais informações, o Núcleo de Cultura e Eventos da Univates dispõe o 3714-7000, ramal 5944, ou eventos@univates.br.
