Remédios tem alta de 12%

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Remédios tem alta de 12%

Aumento foi autorizado pelo MS

Remédios tem alta de 12%
Brasil
oktober-2024

Pela primeira vez nos últimos dez anos, os medicamentos terão aumento acima da inflação. A partir de amanhã, os remédios ficarão em média 12% mais caros.

O percentual foi solicitado pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) e aprovado pelo Ministério da Saúde.

Conforme a Abradilan, o reajuste foi calculado com base no IPCA. A associação justifica o percentual acima da inflação devido ao déficit acumulado entre 2007 e 2016. No período, a inflação aferida pelo IBGE aponta crescimento de 79,3%, enquanto os reajustes da chegaram a 61,2%.

Outros fatores como a produtividade da indústria, a concorrência das classes terapêuticas, além dos aspectos econômicos como o câmbio e o aumento da energia elétrica, também influenciaram na decisão do Ministério da Saúde.

Conforme o diretor executivo da Interfarma, Antônio Britto, neste ano, a produtividade da indústria foi negativa e a mão de obra contratada produziu menos que no ano anterior. Com isso, o governo determinou apenas uma faixa de reajuste para todo o setor.

O acréscimo no preço atingirá todos os medicamentos, mas não de forma imediata. Remédios com mais procura devem ser os primeiros a sofrer reajuste. Com a recomposição dos estoques a partir da segunda semana de abril, o aumento se estenderá aos demais compostos.

Em nota, o Ministério da Saúde informa que acréscimo anual do preço dos medicamentos deverá ser divulgado até hoje, 31. Acrescenta que a resolução define o índice máximo de aumento, mas a indústria pode aplicar percentual menor.

Projeção de crescimento

Apesar da crise financeira, a projeção de economista é de aumento na vendas de medicamentos neste ano na comparação com 2015. Dados da consultoria IMS Health apontam crescimento de 8% no setor em 2016, enquanto a expectativa para o PIB é de queda de 3%

A previsão é menos otimista em relação ao avanço do setor no ano anterior. Em 2015, as vendas subiram 14%, alcançando um total de R$ 75,4 bilhões. O faturamento dos últimos 12 meses é 11,83% maior do que o registrado no período anterior.

Medidas governamentais para reduzir a burocracia do comércio internacional e a desvalorização do real devem impulsionar as exportações das indústrias brasileiras neste ano. Entre as ações adotadas, estão a criação do Portal Único de Comércio Exterior e o trabalho da Anvisa para estabelecer parcerias com agências reguladoras em outros países.

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