OAB busca aproximação com a sociedade

Lajeado

OAB busca aproximação com a sociedade

Diretoria empossada ontem à noite tem, pela primeira vez, uma mulher na presidência

OAB busca aproximação com a sociedade
Lajeado

A subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na cidade renova a diretoria, o conselho de ética e comissões. O grupo eleito ainda no fim do ano passado foi empossado em solenidade ontem à noite no Weiand Turis Hotel.

Uma das alterações na entidade representante de pelo menos 700 advogados da região está na presidência. Pela primeira vez, uma mulher assume a instituição.

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César Antoniazzi passou o cargo de presidente da OAB para Alessandra Glufke

César Antoniazzi passou o cargo de presidente da OAB para Alessandra Glufke

O evento começou às 20h e reuniu nomes importantes da advocacia no estado. Entre eles, o presidente da OAB – Seccional do RS, Ricardo Ferreira Breier, e o diretor-tesoureiro André Luís Sonntag. Todos aclamaram a posse da advogada Alessandra Glufke, que desde a apresentação da chapa ao cargo enaltece a maior interação da ordem com a sociedade. “Vamos trabalhar por meio da participação ativa dos representantes nos conselhos municipais, além de a própria diretoria participar das discussões de interesse da nossa comunidade.”

Para Alessandra, o fato de uma mulher ocupar a presidência vai ao encontro do que ocorre em todos os setores, com a participação no mercado de trabalho e no envolvimento de interesses sociais e políticos da comunidade. Na ramo da advogacia, ressalta, há um avanço considerável do número de mulheres.

“O ano de 2016 vem sendo tratado pela OAB Nacional como o ano da mulher advogada”, tendo o propósito de fortalecer a figura da mulher na sociedade brasileira, especialmente no exercício da advocacia.”

Em ano de eleições municipais, a presidente destaca que a atuação da OAB Lajeado será na fiscalização do exercício da democracia e na aplicação da legislação para o bem da sociedade. “O resultado das eleições é consequência da democracia”, define ao citar a importância das campanhas eleitorais serem conduzidas dentro da legalidade.

O ano da mulher advogada

Eleita presidente da OAB Lajeado no fim do ano passado, Alessandra Glufke defende a maior relação da instituição com a sociedade. Primeira mulher à frente da ordem na cidade, enaltece o envolvimento da classe feminina nos interesses sociais e políticos da comunidade.

A Hora – Desde que encabeçou a chapa, você defende o estreitamento dos laços com a comunidade e a maior interação entre os advogados da região. De que forma a OAB Lajeado trabalhará nesse sentido?
Alessandra Glufke – A Ordem tem uma missão institucional de defesa da Constituição, das leis, do Estado Democrático de Direito, além de representar a classe e é por essa razão que precisamos nos aproximar da sociedade. Na nossa Subseção, trabalharemos por meio da participação ativa dos representantes da OAB nos conselhos municipais, além de a própria diretoria participar das discussões de interesse da nossa comunidade.

Você é a primeira mulher a assumir a presidência da Ordem na cidade. O que isso representa para a categoria, em especial ao público feminino?
Alessandra – O fato de uma mulher ocupar tal posição vem ao encontro do que acontece em todos os setores, com as mulheres fazendo parte do mercado de trabalho, envolvidas nos interesses sociais e políticos de sua comunidade. Não é diferente na nossa área, onde temos um avanço considerável no número de mulheres advogadas. O ano de 2016 vem sendo tratado pela OAB Nacional como o ano da mulher advogada, tendo o propósito de fortalecer a figura da mulher na sociedade, especialmente no exercício da advocacia. A participação política da mulher na OAB serve para tirarmos a isonomia do plano teórico e passarmos para o plano prático.

Uma entre as importantes funções da OAB é defender a ordem jurídica do Estado Democrático de Direito. Visto isso, como a OAB avalia o contexto político enfrentado no país, no qual defende-se o segundo impeachment presidencial desde a Constituição federal?
Alessandra – Estamos vivendo um momento conturbado na política brasileira e que desperta muitas dúvidas e incertezas ao cidadão, ainda mais em nós, que estamos tão distantes do centro do poder. Nesse ponto, vemos a importância dos meios de comunicação, de modo a trazer a informação. A OAB defende o impeachment, haja vista que, na sua avaliação, houve a prática de atos, pela presidente da República, que justificam a instauração desse procedimento. Entretanto, a OAB também defende o devido processo legal, oportunidade em que será conferido à presidente o contraditório e a ampla defesa.

Seguindo a linha dos “veios de atuação da OAB”, aponto que chegamos a mais um pleito municipal. De que forma será a atuação da ordem frente à política regional, visto este cenário de “crise política” no país?
Alessandra – Primeiramente é importante destacar que a OAB não é um partido politico e não defende qualquer um deles. Transcrevo as palavras do presidente da OAB Nacional, Claúdio Lamachia: “A OAB não é do governo nem da oposição, mas do cidadão e da sociedade. O nosso partido é o Brasil.” Será nesse sentido a atuação da OAB Lajeado junto à política regional, fiscalizando o exercício da democracia e garantindo a aplicação da legislação para o bem da sociedade. O resultado das eleições é consequência da democracia. As campanhas eleitorais deverão ser conduzidas dentro da legalidade. A manifestação da sociedade é bem vista pela OAB, mas deve ser realizada com tranquilidade e serenidade, de forma pacífica e ordeira. Estamos vivenciando um momento de crise, a qual deverá ser superada por meio do funcionamento célere e eficaz das nossas instituições.

Outra função da OAB é defender os direitos humanos. Há uma semana, o sindicato dos agentes penitenciários solicitou a interdição do presídio de Lajeado com base nos conhecidos problemas da casa prisional. Um dos motivos, também defendido pelo MP, as precárias condições do espaço que busca a ressocialização dos presos. Qual o posicionamento da OAB Lajeado sobre isso?
Alessandra – Sempre que tratamos de temas que envolvem os presídios, temos que ser cautelosos. Como é de conhecimento público, o sistema prisional brasileiro há muito deixou de ser um instrumento eficaz de recuperação. O nosso atual sistema é, sem hesitação, uma das mais sérias dívidas sociais que o Estado brasileiro e a sociedade, como um todo, têm. Não temos soluções prontas e nem mágicas. Não podemos deixar de lembrar que a sociedade brasileira está diante do acentuado avanço da violência, razão pela qual clama pela maior incidência da pena, o que agrava ainda mais a expectativa de melhoria. A comunidade de Lajeado vem se esforçando para melhorar as condições da casa prisional local, medida que deve ser aplaudida e também seguida por outras comunidades. A OAB de Lajeado compartilha da necessidade de melhorias nas casas prisionais. A OAB de Lajeado vem acompanhando a situação por meio dos representantes com atuação no Conselho da Comunidade.

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